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A melhora de Ryan Tannehill ainda não é o bastante.


"Antes de mais nada, eu estou apenas traduzindo um texto. Apesar de concordar com muita coisa escrita neste artigo, as opiniões não são minhas" (Juba Rivas)



"Com a oitava escolha no Draft de 2012 da NFL, o Miami Dolphins, seleciona ... Ryan Tannehill, quarterback, de Texas A&M University."

Essas foram as palavras que os fans do Miami Dolphins ansiosamente aguardavam ouvir, desde que Dan Marino se aposentou em 1999. A partir desse dia, não houve consistência e competência na posição mais importante do futebol americano em Miami. 
Marino jogou 17 temporadas com os Dolphins, de 1983 até 1999. Desde então, a franquia teve 16 quarterbacks diferentes em um período de 11 anos (2000 a 2011). Apenas dois destes quarterbacks, Jay Fiedler e Chad Pennington, obtiveram algum destaque, inclusive com títulos de divisão e aparição em pós temporada. 

Draftar Tannehill foi um sinal de que o Miami finalmente tinha certeza que a sua procura pelo Quarterback do Futuro tinha terminado. Ele bateu Matt Moore na batalha pela titularidade, começou os 16 jogos, ganhando 7 e perdendo nove (tendo uma performance acima do que se esperavam dele). Anotou uma impressionante virada no jogo contra a feroz defesa do Seattle Seahawks, dentro de casa. 
No fim da temporada, Mike Sherman disse que Ryan Tannehill será o QB que mais evoluirá do 1º pro 2º ano. Até agora, em 2013, o jovem jogador tem dado algumas provas do que o seu coordenador ofensivo estava correto. Duas vitórias seguidas fora de casa, inclusive contra Andrew Luck, QB dos Colts, primeira escolha do mesmo draft que Ryan foi selecionado, e uma grande virada contra o poderoso Atlanta Falcons. 3-0 no início da temporada. A melhor marca desde 2002.

Nesses 3 jogos, ele lançou para 827 jardas, 4 TDs e 2 INTs. Porém, cometeu 5 fumbles e recebeu 14 sacks (liderando a NFL nesse quesito). Tanto sack assim não pode ser creditado apenas na conta da linha ofensiva. Apesar da performance dela não ser das melhores, Tannehill tem a tendência de segurar demais a bola. Apesar de sua presença no pocket ter melhorado, ele ainda precisa melhorar nas leituras e sentir de onde as blitz podem vir. 
Na tentativa de ficar 4-0 na temporada, o Miami viajou até New Orleans para enfrentar, num MNF, um tal de Drew Brees. E o time estava jogando bem, teve sim bons momentos e quem sabe, poderia vencer essa partida também. Antes do fim do primeiro tempo, os Dolphins perdiam de 14 a 10 e tinham a chance de ir para o intervalo ganhando de 17 a 14. Mas, nosso QB fez um passe muito ruim para Brian Hartline, que acabou nas mãos do DB dos Saints. São coisas como essa que um quarterback não deve realizar.

Essa jogada, fez o Saints crescer e começar a castigar. Quando abriram mais de 3 posses de bola de vantagem, dentro de casa e com Bress pegando fogo, o jogo estava acabado para o time da Flórida. Tannehill acabou a partida com 4 turnovers (3 INTs e 1 fumble) e o seu time perdeu de 38 a 17.  
Mas essa derrota não deve desencorajar o jovem QB. Tudo na vida serve de aprendizado e experiência, para aprender com seus erros e manter os seus acertos. Foi o primeiro Monday Night Football da carreira dele. Muitos QBs que são astros em seus times, já tiveram performances parecidas. 

Em 2008, Aaron Rodgers, em seu primeiro ano como QB titular, também teve a chance de enfrentar o Brees fora de casa, num MNF. Como Ryan, Rodgers lançou 3 INTs na partida e os Packers foram amassados pelo Saints. Final: 51 a 29. Desde aquela noite, há quase 5 anos atrás, o QB de Green Bay só teve mais um jogo em que lançou 3 INTs. Ele usou aquela derrota e aquela fraquíssima performance para aprender e melhorar. 
Tannehill tem o braço para fazer qualquer tipo de lançamento e o cérebro para ler as defesas. Não vai demorar muito para que ele coloque tudo isso junto em seu jogo. Mas, para chegar a um nível elite em sua posição, muito trabalho ainda precisa ser feito. A começar por ver novamente a partida contra o Saints e tirar o sorriso sarcástico do rosto ao rever, na sideline, uma jogada errada que cometeu que não deveria ter feito. Garanto que ele deixará esses erros para trás se seguir em frente e trabalhando forte.

Em qualquer área, precisamos nos espelhar nos melhores. Ao fim da temporada, ele precisa sentar e estudar TODOS OS SNAPS feitos por Brees, Rodgers, Brady e Manning. Observar todos os movimentos, as leituras, as decisões e os passes que esses excepcionais QBs fizeram no ano, para que ele possa aplicar, com sucesso, em seu jogo.

Ryan Tannehill tem apenas 25 anos e um grande futuro. As pessoas esquecem que ele foi recrutado por Texas A&M para ser Wide Receiver. Sua capacidade atlética é impressionante e existem várias opções nele para poder bater as defesas na NFL. Ontem, ele realizou a partida de número 20 como QB na liga profissional. A mesma quantidade de jogos como QB titular na universidade.

O céu pode ser o limite para este jovem QB. Basta apenas trabalhar, trabalhar e trabalhar que certamente seu futuro em Miami será brilhante.

Comentários

Flávio Vieira disse…
começando, o texto é bom. discordo do conteúdo ( nem é preciso dizer creio eu ), mas é da vida.

não acho que ele tenha melhorado isso tudo... melhorar, ele claro que melhorou ( até porque seria quase impossível piorar...

agora é esperar e ver como o time se sai diante do Ravens. só sei que quando o Tannehill joga uma partida ruim, ele tende a jogar outra na sequência...
Rafael disse…
espero que vc esteja errado e acho que ele melhorou sim, uma virada contra um time no mínimo respeitável já pode dar uma certa moral para o nosso jovem QB, mas concordo com você que ele está muito longe de ser comparado aos de sua classe de draft

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