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Pilulas do dia seguinte: Vencer baby, vencer...

Lamar Miller literalmente se atirando em busca da vitória...
Nem sempre é possível vencer jogando bem, quanto menos tendo mais jardas totais. Mas vencer sendo massacrado como fomos em grande parte da partida de segunda a noite, é mais raro ainda. E são vitórias assim que determinam o valor de um time. Miami perderia aquela partida para mais de 10 times da Liga ( não por acaso perdemos para Packers, Lions e Broncos em situação parecida ). Mas o rival é bem inferior mas que se preparou adequadamente para a partida, montou uma boa estratégia, estudou os problemas da defesa e colocou a OL para maximizar a força dos corredores e, sobretudo, montou um playbook ousado, quase insano.

Vencer, baby, vencer. Este é o objetivo. Uma vitória numa partida feia vale muito, mas muito mais do que uma derrota como a que sofremos contra o Broncos. Contudo, todas as partidas deixam suas impressões, perspectivas e tendências. Em Denver tivemos um ataque poderoso, que quase superou o do Broncos. Em New Jersey nossa defesa quase foi superada por um ataque inoperante. Quase... se no tiroteio no Colorado podíamos pensar "dá para vencer qualquer um", após segunda o pensamento mais comum é "como vencer com tamanha inoperância do time"?

O nosso time vinha de 45 derrotas em 46 partidas em que esteve perdendo ao fim do terceiro quarto. Piada, sem dúvida. Contudo, desta vez o time reagiu e venceu. Voltamos para o ataque patético de quase todos os anos da era Philbin ou foi apenas um ponto fora da curva? Ou o ponto fora da curva foi justamente as partidas com boa produção ofensiva? Diante do Ravens saberemos...

Aqui estão sete pensamentos do jogo:

1 - Foi horrível no primeiro tempo: Deu medo! Que raios de atuação foi aquela? Quase todas as vezes em que correu com a bola, o Jets conseguiu passar. Os tackles eram errados de todas as formas e mesmo quando o Corredor levava uma pancada na linha de scrimmage, ele ainda assim ganhava 2 ou 3 jardas. O Jets conseguiu converter até mesmo uma 3ª descida para 9 jardas. O Jets correu para 277 jardas em 49 tentativas contra os Dolphins. E aqui vem o primeiro problema: até o mais dos superficiais torcedores do Miami sabiam que os Jets iriam querer correr com a bola, já que Geno Smith é uma nulidade no passe e a defesa do Miami é um das 3 melhores contra o passe. Porque arriscar, não é mesmo?

Por mais que a nossa DL seja sensacional, é preciso mais do que isso para vencer jogos. Caso contrário seria só montar a melhor DL possível e vencer o Super Bowl. Temos tido boas surpresas ( como Jelani Jenkins ), mas falta algo mais. E é ai que eu me pergunto: o trabalho de Kevin Coyle é realmente bom? Ou será que as peças excelentes que possuímos estão encobrindo o problema? Difícil saber, mas a verdade é que o time precisa melhorar seu desempenho defensivo caso queira estar bem posicionado ao fim da temporada.


2 - Os ajustes no intervalo: ano passado perdemos diversas partidas quando fomos para o intervalo ganhando. Em algumas delas o time parecia ter ficado no vestiário, caso mais emblemático contra o Patriots no Gillete Stadium. Nesse temporada o time tem ido pro vestiário perdendo e conseguindo se manter nas partidas. Aconteceu contra o Packers, Bills e Lions, mas não contra Chiefs e Bills fora de casa. Segunda o time foi patético na primeira etapa, mas no segundo tempo o time melhorou. Não foi uma mudança da água para o vinho, mas foi o suficiente para vencer.

Quando a marcação no jogo corrido melhorou, a partida ficou a gosto do Miami. Tannehill teve uma partida ruim, sem TD e com Interceptação. Aliás ele perdeu duas chances de TD: Wallace dropou uma bola fácil na End Zone, mas... no fim ele não viu o mesmo Wallace sozinho e o time ficou no Field Goal. Contudo, no drive final, ele acertou dois bons passes para Dion Sims ( que começa a fazer valer a sua escolha em 2013 ) e o time virou a partida. E forçou Smith e os Jets a saírem da zona de conforto e ir para o jogo aéreo. E ai Jelani Jenkins ( na base da sorte ) desviou o passe e Reshad Jones conseguiu matar o jogo. 

Os ajustes foram bem medianos, mas o suficientes para vencer. E é o que basta. Ou não?

3 - Frustante a atuação? Sim. Não é que eu pensasse que o Miami fosse vencer por 20 pontos, mas vencer por um Field Goal e em uma partida em que poderia ter sofrido uma surra daquelas, não tem como não falar em frustração. Além disso tem o lado de que o time precisava de uma atuação convincente para se firmar como uma força. Toda a ótima impressão da derrota para o Broncos foi desfeita pela vitória de segunda.

Assim como em 2013, a última partida será em casa contra o Jets. Que a partida de segunda sirva de exemplo, para que passemos vergonha outra vez em casa contra o odiado rival...


4 - Finalmente vencendo em Dezembro: Existem certas máximas na NFL e uma das mais famosas é que o campeão do Super Bowl será aquela equipe que vencer as partidas em Dezembro. De nada adianta o time vencer 10 partidas até o mês final da temporada e começar a perder em Dezembro. Não estou com isso dizendo que iremos ao Super Bowl por termos vencido o Jets ( na primeira de 5 partidas no mês ), mas sim que times que querem jogar em Janeiro precisam ser os melhores em Dezembro.

Arrumar uma maneira de vencer é o que torna uma equipe vencedora. O time tem sido um dos melhores da Liga em diversos quesitos, mas um tem passado quase desapercebido: bloqueando punts. Dion Jordan deu uma mudança de rumos na partida ao bloquear um na segunda. Vá lá que Tannehill trocou um sack por uma interceptação ( uma péssima troca ) na jogada seguinte, mas aquilo mudou o time. O time precisará, ao menos, de outras 3 vitórias em Dezembro. Será que o time consegue? Saberemos a partir de domingo contra o Ravens

5 - Lutar, lutar e lutar: Segunda-feira.  Monday Night. Rival histórico. Tempo chuvoso. E o time lutou bravamente para conseguir a vitória, mesmo que tenha sofrido em campo. Não desistir foi a chave, realizar ajustes e seguir lutando. O que poderia ter sido uma surra histórica, virou uma vitória crucial, que manteve o time vivo na temporada. Manter este espírito de luta e não desistir da partida será a chave para termos jogos em janeiro.

6 - Decidindo a partida na reta final: O quarto período vinha sendo o calo do Dolphins. O time vinha chegando a este momento da partida com o jogo já resolvido ( tanto para a vitória quanto para as derrotas ) ou liderando por pouco e tomando a virada. Até aqui o time não tinha vitória de virada no último quarto da partida. Até segunda...

Com 10 pontos no quarto final, contra zero do rival, vencemos a partida. Ao contrário das partidas contra Packers, Lions e Broncos acho que todos tinham certeza de que desta vez não sairíamos derrotados de campo. Não só porque o QB adversário era Geno Smith, mas também porque o jogo naquele momento era todo do Miami. Não depois de tantas chances que o rival teve para matar o jogo e não conseguiu. Segunda era a nossa vez.


7 - Perspectiva: Feio é perder, podem dizer muitos. E de fato é verdade. Jogos de divisão são sempre apertados, como foi o caso de Packers vs Vikings, Chiefs vs Raiders e tantos outros. O rendimento melhora, tem a rivalidade, rusgas das partidas anteriores e até jogadores que trocaram de lado. Tudo é diferente em jogos de divisão. Foi o caso segunda...

A temporada acabasse hoje nós voltaríamos a jogar post-season depois de 6 anos. Infelizmente não acabou. Teremos uma ida complicada a Foxborough encarar o Pats, mas temos que focar em vencer o Ravens no domingo. E, vencendo, pensar partida após partida. Acredito que com 10-6 seja possível ir aos playoffs, até porque teremos diversos confrontos diretos, como é o caso do domingo. Vencer é o primeiro passo. 

Cheiro de post-season no ar? Por enquanto é apenas uma coisa bem distante... mas depende do time. E ele pode mostrar seu valor diante do Ravens, adversário direto na batalha...

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