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Mas o que ( de fato ) quer Stephen Ross?

Este post provavelmente não será atraente para a maioria, mas ele faz -se necessário. É preciso pontuar alguma coisas no momento em que elas acontecem. Será um post, como direi, mais introspectivo, com foco no que ( não ) tem acontecido recentemente, não necessariamente nesta temporada. Para os que entenderam a sua gênese, deverá ser muito explicativo. Para os que não entenderam deverá ser apenas mais um post. Mas creio que este post poderia seja necessário. Vamos a ele.


Excelente vista do Parque abaixo, não acham? Sabem qual parque é? Creio que seja o Central Park de NY. De onde Ross veio...
Ok, todos odiamos a gestão do Miami, mas não foi Ross que contratou Jeff Ireland. Mas é ele quem o tem bancado desde 2009.
Gente com saco na cabeça, não é exatamente novidade...
A turma ai já usava esse modelito em 2007.

Todos sabemos que Empresários são, na sua imensa maioria, excêntricos. Ao que me constra Stephen Ross ( 19º da Lista da Forbes dos EUA ) não foge a regra. Magnata do ramo imobiliário, fez fortuna ao revitalizar prédios antigos e decadentes de NY, após comprá-los a preço de banana. Herdou uma Imobiliária pequena do pai e a transformou na 2ª maior dos EUA. Nada mal, não acham?

Esse senho resolveu comprar uma franquia da NFL em 2006. Bateu na porta de alguns times, mas viu que os melhores estavam todos em mãos que jamais as venderiam ( dizem ter batido na porta do Ravens, Broncos e até, que coisa, do Jets ). Foi quando voltou seus olhos para o melhor mercado com time da NFL fora da área de norte da Costa Leste ( NY, Boston, Washington, Baltimore ): Flórida. Bateu na porta dos Jaguars, talvez por ser um time sem qualquer atrativo na Liga e que poderia acabar movendo-a para Los Angeles. Recebeu um não, mas o antigo dono disse para ele que Wayne Huizenga talvez aceitasse um sócio.

Foi aqui que o caminho do Dolphins e de Ross se cruzaram. Huizenga é nativo da Flórida e um homem rico, mas que não estava afim de fazer investimentos pesados, por isso o time ficava com duas ou três estrelas e um bando de zé manes em campo. Em outras palavras estava usando o Miami para ficar ainda mais rico. Não é exatamente o que a torcida esperava. Nas primeiras conversas, ainda em 2006, Huizenga firmou um preço: 1 bilhão de dólares pela franquia. Ross ficou de pensar. Isso foi durante a temporada de 2006, que todos sabem foi ( mais ) um fiasco, fizemos espantasos 6-10. Veio 2007, trocas absurdas ( Welker e Chambers ), draft horroroso ( TGJ e Beck ) e a pior temporada nossa, o famoso ( e infâme ) 1-15. Ai, claro o preço teve que cair. Huizenga vendeu 50% das ações por 400mi em 2007 e outros 400mi em 2008 por mais 45%, ficando - como até hoje - Huizenga com os 5% restantes. Mas ainda manteria o poder decisório, mas Ross exigiu mudanças sérias para poder investir. Foi ai quando chegaram Bill Parcells, Tony Sparano e Jeff Ireland.

A compra por parte de Ross foi feita em duas partes para facilitar a aprovação da mesma pelos outros Owners. Vencida a formalidade, Ross em 2009 era dono da maior parte do Miami e era o manda-chuva. Ele havia conseguido o seu intento. Mas e agora, José? Ele manteve Ireland, mas logou fez com que o Big Tuna saísse, segundo fontes pelo fato deste ter sido o fiador da escolha de Pat White. Nessa eu fecho com Ross. Mas a saída de Big Tuna enfraqueceu Tony Sparano, que após o milagre em 2008, tinha feito uma 2009 ruim e repeteria o feito em 2010, com um viés pior do que em 2009. Ai chegamos em 2011, quando Ross percebeu que teria que mexer. Ai começaram os graves problemas que vivemos hoje. Como Presidente ele virou torcedor. E logo temos o quadro atual.

Mas como sair dessa enrascada? Imagino eu que antes de mais nada deveria-se contratar um GM com experiência comprovada na NFL. É fácil fazer isso? Não, mas é o que correto. Permanecer com Ireland será um erro e nem tanto pelo próprio, mas sim pelo o que está representando. Talvez o time possa dar certo com Ireland? Praticamente sem chances, mas elas existem.

Pra finalizar, existe uma máxima na NFL: times vencedores são montados via draft, não na Free Agency. O caminho é o draft e é nele que deveremos focar de agora em diante. Quem iremos draftar agora? Não sei e tenho dúvidas que alguém no Front Office saiba.

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