Este é um tópico sério, baseado em uma pergunta de um leitor do Blog.
O leitor Celso Pires fez uma pergunta na caixa de comentários do post "Sentimentos estranhos perseguem-me nestes dias". A indagação foi exatamente essa: Flávio, me tire uma dúvida. Você não acredita no Tannehill. O que fazer se
a reestrturação do time der razoavelmente certo e simplesmente esbarrar
numa suposta falta de talento dele? É possível draftar algum
QB na 1ºrodada numa posição entre 18º e 24º, por exemplo? Ou o
caminho é buscar em uma eventual FA ?
E como responder a essa questão sem suscitar problemas dos mais diversos? Vamos pelo começo: eu não acredito que Tannehill seja a solução, mas disso todos já sabem creio eu. Mas partindo do presuposto de que eu esteja certo, como e quando o time resolveria o problema? Não é fácil falar nem do
próximo draft, quanto mais sobre como arranjar outro QB, se o atual é
ainda um rookie? Mas eu não me furto dos temas polêmicos, vocês sabem
disso.
O primeiro a se pensar sobre esse assunto é que Tannehill é o cara do Sistema. E o chefe desse sistema é Joe Philbin que acabou de assumir o posto e não existe nada que aponte que ele vá sair ao fim da temporada seguinte, pois o trabalho dele não está sendo ( de todo ) ruim e nada demonstre que o time vá piorar em 2013 ( ao menos não queremos isso, certo? ). Sendo assim enquanto ele ficar em Miami ele deverá manter o Ryan como QB pelo maior tempo possível e como Starter. E enquanto isso assim mantiver-se, não deveremos investir em QBs em rounds iniciais ou ir atrás de figurões na Free Agency. Claro e evidente que se Ryan mostrar-se ruim e Philbin permanecer por, tipo, uma década, ele vai ter que investir em outro QB. Por isso vamos determinar que por pelo menos 3 anos Philbin e cia devem bancá-lo como Starter. E tentar montar o time no entorno deste.
Segundo existe a questão do desenvolvimento, não apenas de Ryan mas do time. Digamos que o time evolua e Ryan não ( uma das principais perguntas de Celso ), o que pode acontecer? Se ficar claro que o time não consegue ir além por causa de Ryan, a pressão sobre Ryan e cia ficaria grande. E ai podem acontecer duas coisas: vermos a situação patética que acontece nos Jatos ( onde Rex Ryan já deixou claro que insistirá até o fim com o Sanshize ) ou a situação do Niners, onde Jim Jarbaugh aproveitou uma oportunidade e bancou uma troca. O problema é que o Niners tinham ido ao NFCCG em 2011 e draftaram um ótimo prospecto, mas vamos imaginar que façamos isso em 2013 ou 2014. Mas tenham certeza: se ficar claro que o time estiver limitado por causa de Tannehill, mudar será imperioso.
Terceiro temos que analisar o tal breakout year. O que é isso? É o ano em que o cara desponta de vez. E novamente cito o Niners: em 2011 ninguém esperava que Alex Smith jogasse o que jogou. Ele teve o ano do estouro, o ano em que finalmente joga aquilo que dele se esperava. E se Ryan fizer isso em 2014 ou 2015? E se ele for trocado e jogar isso em um rival? Impossível? Não, existem casos a rodo por ai. Brett Favre será pra sempre ligado pelos seus gloriosos anos em Green Bay, mas você sabia que ele fora draftado pelo Atlanta Falcons? Ou que Drew Brees fora draftado pelo Chargers?
Não é fácil prever isso. Eu posso estar errado e não escondo que adoraria poder dizer daqui a 3 ou 4 anos que estava errado. Estarei? Impossível responder isso agora, mas o que sei é que isso é algo paupável. Existem sinais para pensar o contrário, é fato. Mas não podemos fechar os olhos pros sinais ruins também. Portanto, o correto, é bom ficarmos de olhos bem abertos. Mas não teremos, com certeza, um QB escolhido no Draft em rounds iniciais e nem veremos chegar algum Top via Free Agent/Trade. Isso é o que posso afirmar com certeza...
Comentários
E vc tem razão, ele não ganhou nenhuma.Cada torcida puxa a sardinha pro seu lado.A bizarra torcida do Miami não consegue nem encher o proprio estadio, quanto mais colocar seu rookie QB no topo de uma votação nacional do maior portal sobre Futebol americano dos EUA.