Chad Henne jogou como Univesitário em Michigan e contou com parceiros de ótima qualidade para conseguir sucesso ( enquanto time ): Mario Williams, Mike Hart e Jake Long. Todos os três na NFL, e o último - o first pick - ainda é seu companheiro de time no Dolphins. Sobre Henne pode-se dizer várias coisas:
- Que é um QB que em sua temporada de Sênior ( como são chamados os jogadores em sua quarto ano de Universidade ) teve números pífios: 1938 jds com 17 Tds e 9 interceptações. Com isso o seu valor no Draft caiu e muitos consideraram um reach ele ser escolhido no segundo round;
- Que é um grande candidato a BUST. Já que sobrevivia das corridas de Hart e dos bloqueios de Long. Aqui eu o defendo, já que Long ainda o protegerá das defesas adversárias e que o jogo do corrido do Miami tem tudo para ser TOP na temporada;
- Que não tem mecânica de passe para jogar na NFL, que nunca foi um "grande" prospecto, que não serve para comandar uma equipe, etc...;
- Que não sabe ler defesas ( algo essencial em um QB ) e que dentro do pocket costuma demorar mais que o devido para realizar passes. E que se já o era assim na NCAA, pior seria na NFL, onde o tempo para a realização do passe é menos da metade do que ele tinha;
- Que não conseguiria se dar bem em Miami competindo contra Beck e Josh McCown, quanto mais com a chegada de outro Chad, o Pennington. E que iria acabar como 4° no Depth, talvez sendo até cortado ao fim da temporada;
Mas Chad Henne chegou com todo o intuito de provar o seu valor. E com humildade e determinação trabalhou de forma dura e séria para conseguir cavar o seu espaço no elenco. No início das Training Camps era declaradamente o terceiro, tanto é que treinava com o terceiro time. Se o primeiro time de ataque já não é uma brastemp, imaginem o terceiro. Mas ele se destacou por sua precisão e um surpreendente controle. E enquanto isso "os dois melhores" brigavam entre si para ver quem seria o Starter. Em uma semana de TC ( reveja a cobertura nos arquivos do Blog ) ele já conseguia ter um desempenho melhor que os dois. No "coletivo" uma semana antes do jogo contra o Bucs, foi ele o que mais se destacou. Durante a semana ele superou Beck, que passou a treinar com o terceiro time, e ficara atrás de McCown que até a sexta era o Starter do time.
Foi quando chegou em Miami Chad Pennington. Cortado do Jets que acabara de adquirir via Trade o mito Brett Favre, ele assinou com o Dolphins por dois anos. E tudo mudou, de forma definitiva em Davie, local dos treinamentos. Na partida contra o Bucs, Beck começou como Starter, Henne foi o segundo e McCown o terceiro. O recém chegado assistiu ao lado dos companheiros o jogo, tentando se aclimatar o mais rápido possível ao novo ambiente, e viu Henne ser o responsável direto por posicionar o time para chutar dois Field Goals, únicas marcações do time no jogo. A virada começara.
Mais uma semana de duros treinamentos e Henne teve a sua condição de Backup ratificada por Tony Sparano e Dan Henning, Técnico e Coordenador de Ataque respectivamente, que colocaram Beck em terceiro e McCown em quarto. Para quem era "uma piada" Henne já havia feito muito. Mas ele ainda viveria seu grande dia, para tristeza dos dois "grandes".
Sábado contra o Jaguars, Henne entrou no início do segundo quarto e não cometeu um único erro grosseiro: nada de fumbles, nada de interceptações, nada de afobação. Henne jogou como se fosse um veterano e ao contrário do que acontece nessas situações em TCs, quando um QB vai muito bem e se tem mais dois jogadores no Depth Chart, ficou em campo até o final da partida, conseguindo uma atuação elogiada pelos cronistas que cobrem o dia-a-dia do Dolphins.
Isso faz de Henne um excelente QB? Claro que não. Ele será uma futura estrela? Claro que não, também. Mas que o seu início na NFL é bastante animador, ninguém mais tem dúvida. Não tenho grandes expectativas quanto a ele, nunca às tive diga-se de passagem. Mas quem sabe assim, sem grandes pressões, ele consiga se desenvolver mais ainda? E quem sabe também eu não acabe ganhando um ídolo com a camisa 7? Só o tempo poderá dizer. Pelo pouco que vi até agora, se ele se manter assim, vai longe o "Joke".
Clique na foto de Henne passando a bola para Rocky Williams e confira os dados da boa atuação de Chad Henne contra o Jaguars. É Pre-Season, mas para quem seria uma completa piada...
Comentários
meu pai costuma dizer que quando a situação ta preta, é a mesma coisa que numa guerra ter mais índios do que bala. Chad Henne chegou a miami disposto a matar os índios a mao.