Pular para o conteúdo principal

Dois Toques - Renovar ou não: Ricky Williams

Eu vibrei demais neste dia: horário nobre, vitória contra um odiado rival...

A imagem é por demais plástica. E o velho Ricky Williams tem várias dessas em sua carreira.

Para os mais antigos torcedores do Miami ( aqueles que viram Dan Marino jogar ) sempre souberam: faltou-nos um mega RB para irmos a um Super Bowl, porque é óbvio que QB não era o problema. Marino, infelizmente, aposentou-se sem ter vencido o "grande jogo" e isso sempre será usado contra si. Maldosamente ( ou não ) o Miami só conseguir ter o seu "mega" corredor em 2002, quando Marino já estava parado a duas temporadas. E ele veio em um dos mega negócios da história da NFL: cedemos duas picks de primeiro round e ainda outras duas de late rounds. E o melhor: em três anos ele valeu cada centavo que recebeu.

Em 2002, o melhor ano de sua carreira, ele conseguiu 1.853 jardas ( +115 por jogo ), com uma média impressionante de 4,8 por tentativa. Além disso foram 16 TDs corridos e mais um recebendo. Não fosse a mudança das regras das divisões ocorrida exatamente naquele ano, o time teria ido à Post-Season e poderia até, quem sabe, ido ao Super Bowl. Mas não fomos ( por causa uma derrota para aquele que viria a ser nosso calo, o Houston Texans ) e ai a coisa meio que desandou.

O time ficaria de fora da post-season até 2008 e os anos após 2002 foram ficando cada vez piores, não só para o Miami, mas também pro próprio jogador. Em 2003 foram apenas 1372 jardas ( 85,8 por jogo e 3,5 por corrida ) e 9 TDs ( um recebendo ). Em 2004 ele foi suspenso a temporada inteira por uso de maconha, e o time decaiu demais sem ele. Em 2005 ele volta, joga 12 partidas ( 743 jardas, 61,9 por partida e 4,4 por corrida ) e consegue 6 TDs ( desta vez sem TD de passe ). Em 2006 outra suspensão, pelo mesmo motivo da outra. Em 2007 ele permaneceu suspenso, mas volta contra o Steelers no pasto do Heinz Field e se machuca ainda no primeiro tempo ( um OL do Steelers pisa nas costas dele ). Ai vem 2008 ( 659 jardas, 41,2 por partida e 4,1 por corrida ) e 4 TDs ( 1 recebendo ).

E ai chegamos ao que pode ser considerado o seu "canto do cisne": a temporada de 2009, na qual ele se tornou o sétimo jogador com 32 anos ou mais a conseguir passar das 1000jds. Além disso ele conseguiu 11 TDs ( 2 recebendo ) e sua segunda melhor média por carries na carreira: 4,6. Uma temporada mítica sem dúvida. Ano passado ele não foi uma "brastemp", mas um dado mostra o seu valor: conseguiu 4,2 jardas por tentativa, com um OL remendada com fita adesiva e com uma mula como OC. Fato impressionante sem dúvida.

E ai chegamos a pergunta interessante: assinar ou não com ele? A resposta pelos dados mostrados acima poderia ser considerada fácil, porém Ricky Williams "queimou-se" ao fritar Coach Sparano, possivelmente acreditando que ele seria demitido. Só que Sparano ficou e ai Williams pode ter, finalmente, encerrado se ciclo no Miami. Só quando terminar o FA e ele assinar com outra equipe é que ficaremos sabendo, mas de uma coisa eu tenho certeza: lenha pra queimar ele ainda tem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Chris Grier viveu seu dia de Sonny Weaver Jr

Melhor momento do filme... Grier ficou assim hoje.   Sonny Weaver JR. Se o amigo leitor não sabe quem seja, é o cara da foto, personagem interpretado - com Maestria, diga-se - por Kevin Costner em Draft Day. filme de 2014. Nele, Sonny é General Manager do Cleveland Browns e faz uma troca louca, mas no final do filme ele dá a volta por cima e posiciona os Browns como um Super Contender. Filme faz parte do catálogo da Amazon Prime e eu super recomendo. Feito este preâmbulo, foi mais ou menos o que viveu Chris Grier hoje. Ele chocou a todos ao assaltar os Niners, trocando a escolha 3 pela 12 de San Francisco, mais a 1ª de 2022 e a de 2023, além da 3ª deste ano. Um puta de um assalto nos Niners. Isso já seria ótimo, mas - assim como no filme - teve mais... Menos de meia hora depois, Grier trocou a nossa escolha de 2022 ( e não a dos Niners ) e inversão das escolhas de quarto e quinto deste ano com os Eagles, pela Pick 6. Com este segundo movimento, Grier posiciona os Dolphins em posição de

Miami vence Pats e mantém chances de post-season

Não vi o jogo. Dia de eleições eu fico focado em ajudar o meu grupo político, em Salgueiro, que venceu. Mas pulemos esta parte. Vencer é sempre bom e importante, mas essa de Miami ontem tem vários significados. Apagar parte da tragédia de segunda contra os Titans. Sim, eu fiquei tão puto com o MNF que não fiz mais posts e até falei de largar a franquia. Então, vencer um rival de divisão sempre é a melhor cura para um vexame. Foi o caso.  Manter-se vivo na temporada. Com 1-4 tchau post-season e esse era o risco. Vencer e ficar com 2-3, com a Bye Week e depois uma partida contra um instável Colts parece até um sonho diante do que passamos desde o começo da partida contra os Bills em casa. Derrotar um rival. Fundamental afundar um rival quando se está em vias de afundar-se Então, porque não vencer dá moral ao rival. Com isso, freguesia renovada. Agora é ver o que McDaniel - que segundo amigos chamou um bom jogo - prepara para a partida contra os Colts, fora de casa. E ai, se tudo der cert

Pílulas do Dia Seguinte: E o buraco realmente é bem mais embaixo

Todos queriam algo diferente em Seatle, sabe-se lá como mas queriam. Mas o que se viu em campo - ou seria melhor dizer "não se viu"? - foi terrível. Nem parece que o time teve mais do que uma semana para se preparar para a viagem até a Costa Oeste, quase no limite com o Canadá. Era como se tivéssemos jogando o MNF e a semana tivesse sido super curta. Aqui vem o primeiro choque de realidade: não temos um Coach capaz de superar adversidades. Triste constatação que não pode mais ser ocultada. Mike McDaniel é o que Anthony Curti chama, se referindo à Dak Prescott QB dos Cowboys, Coach do Conforto. Quando tudo está a favor, ele é um dos melhores da Liga. Mas quando não está... seguramente fica entre os piores. E é óbvio que qualquer Head Coach terá mais momentos adversos do que favoráveis nas partidas, porque do outro lado estão outros grandes HCs. Ele não consegue reverter nada e isso já está bem chato. Adiante... O time entrou em campo como se Skylar Thompson fosse o Tua 2.0. O