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Jake Long espera um contrato na casa dos US$ 10mi por temporada

Enquanto as especulações sobre quem vem não passam disso, segue a novela sobre nosso Left Tackle...

Jake Long foi nossa aposta em 2008. Naquele draft 3 jogadores eram merecedores de nossa escolha, a primeira de todo o draft: Matt Ryan ( QB, Boston College ), Jake Long ( OT, Michigan ) e Chris Long ( DE, LSU ). A escolha estava entre apostar em um possível FQB, um dos melhores prospects de OL ou um monstro na DL. Todas as posições eram carentes e tinhamos outras além dessas. E o recém chegado General Manager, a época apenas um pau-mandado de Bill Parcells, optou pelo BPA - best player avaliable - e draftamos Jake Long. A escolha fazia sentido, pois residiam dúvidas sobre o futuro de Ryan e a defesa do Miami não era ruim a ponto de queirmarmos uma pick no setor. E passados 5 anos eu digo: foi o melhor a ser feito. Acontece que o plano foi modificado pelo caminho...

A ideia básica era draftar Long em 2008 e em 2009 - basendo-se que o time deveria fazer no máximo 5-11, draftar um QB e usar as outras picks pra reforçar a defesa e em 2010 dotar o time de alvos no ataque. E porque o plano parou no meio do caminho? Por causa da famigerada Wild Cat e a ida do time  post-season ainda em 2008. Diante do sucesso os homens do front-office modificaram suas metas, com o intuito de que o correto seria potencializar a jogada, a famigerada Wild Cat. E foi por isso que veio Pat "The Bust" White. Não vieram os WRs, os defensores, os Tight Ends e sobretudo o FQB. Alguns dirão que agora o temos, mas eu tenho certeza de que não. Mas pulemos essa novela sem fim...

Eis que Long cumpriu muito bem o seu papel, tanto é verdade que foi nomeado para o Pro-Bowl em suas primeiras 4 temporadas e ainda foi eleito pro primeiro time da NFL em 2010. Rendeu o que dele se esperava e valeu cada centavo nele investido. Até que ao fim de 2011, em uma partida diante do Bears ( onde levamos de 0-16 ), ele se machucou gravemente. Fez duas cirurgias na off-season e em 2012 ficou claro que ele não era mais o mesmo. Machucou-se novamente e perdeu mais partidas. E agora já fez outra cirurgia. E está sem contrato. E temos um sério problema. Do tamanho de Jake Long.

Ele agora é um UFA - Free Agent Unrestricted ou Agente Livre - e o Front Office está tentando renovar com ele. Ao que consta - pois essas informações são mantidas em sigilo - o time está oferecendo algo na casa do US$ 6mi básicos, com diversas bonificações a somar-se ao contrato podendo atingir até a marca dos 10mi. Acontece que o atual contrato de Long é de quase 14mi e ele não deverá aceitar tal redução. Se as negociações não progedirem - ao que parece não vai - Tagar seria uma opção cara demais e nos custaria 15,5mi.

Pelo valor que ele quer, eu não renovaria. E também não ocuparia um terço do cap disponível em um único jogador, que tem sobre si inúmeras dúvidas. E assim poderá ter chegado ao fim a era Jake Long em Miami. Sem que ele tenha tido um FQB para proteger. E isso, acreditem, prova o quão pessimamente administrado o Dolphins é...

Comentários

RFIALHO disse…
Ta aí, quase todo mundo ta com esse papinho de "Por esse valor eu não renovaria". E eu me incluo nessa. O grande problema é que são as mesmas pessoas que ate hoje insitem em dizer que o Dolphins não errou ao draftar Long ao inves de Ryan. Mas o tempo é cruel, hj os Falcons são um time top e com um QB top...equanto isso o Dolphins é um time desprezado na NFL e que esta dispensando uma pick N°1 de draft, a tal da "escolha segura".
Parabens Dolphins, é por essas e outras que esse time não anda, ta sempre com medo de arriscar e a NFL é implacável com os covardes.
Luiz Paulo disse…
Concordo com o RFIALHO.

Ryan deveria ter sido a escolha, ele na epoca era escolha mais segura do que Ryan Tannehill foi ano passado.

mas não da pra voltar atras, então vamos aos fatos.

Por 6m vale a pena renovar com Long, por 10 não, e não mesmo.

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