Pular para o conteúdo principal

NFL flexibiliza Teto Salarial

Será que ele tomaria a mesma decisão caso os times com a corda no pescoço fossem Jaguars e Panthers?

Aos mais jovens uma informação: o Salary Cap ( ou Teto Salarial ) foi criado no inicio dos anos 90 para tentar igualar o jogo, pois as equipes da NFC ( bem mais tradicionais e localizadas em grandes centros ) estavam detonando as da AFC. Foram quase 20 Super Bowls seguidos que times da AFC perderam ( entre 81 e 97 ), pois simplesmente não tinham como competir financeiramente. Sendo assim, o Cap é essencial. E não é toa que donos de certos times sempre queiram acabar com ele. Alguém arrisca quem seriam estes Owners? Se não, ao fim deste post você vai saber...

Ontem a Liga anunciou oficialmente qual será o Cap pra 2013: US$ 123 milhões, com uma tolerância adicional de 900mil. Na prática o Cap passa dos 120,6 para 123,9. Mas o que isso tem demais? Algumas coisas podem e devem ser analisadas:
  • 2010 era o último ano do CBA ( Contrato Trabalhista firmado entre a NFL, Owners e a NFLPA - Associação dos Jogadores ) e pela regra foi um ano sem Salary Cap. Neste ano dois times que viviam gastando os rojões nos anos 80 abriram os bolsos e contrataram e/ou deram generosos contratos para atletas. Outros, mais comedidos, fizeram estragos menores;
  • 2011 foi o ano do Lock-Out, ou greve em português e a NFL esteve perto de nem ter temporada. Diversas discussões depois, um novo CBA foi acertado, mas...
  • Lembram-se das equipes que abriram a carteira em 2010? Pelo novo CBA estas equipes tiveram problemas, pois com a volta de um CAP ( e os owners destas duas equipes foram praticamente os únicos a defenderam a abolição de um ) eles estavam acima e por isso foram, justamente, punidos ficando menos CAP que as outras equipes.
Voltemos a atualidade: nada impede a Liga de fazer o que fez. Está dentro das prerrogativas de Roger Goodell. O problema é que eu levantei no começo: se as franquias com a corda no pescoço fossem Jaguars e Panthers ( e não Cowboys e Redskins ) a decisão seria a mesma? Claro que mudança não favorece só as duas citadas, sobra mais grana pra todos, mas não posso deixar de frisar que as outras já tinham espaço no Cap e sem a mudança Cowboys e Redskins teriam que cortar jogadores e/ou re-estruturar contratos ( e isso envolve muita boa vontade dos jogadores, o que nem sempre acontece ). Não é, claro, que esses 2,9 milhões adicionais resolvam o problemas, mas fica mais fácil. 

Ah se fossem Jaguars e Panthers...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Chris Grier viveu seu dia de Sonny Weaver Jr

Melhor momento do filme... Grier ficou assim hoje.   Sonny Weaver JR. Se o amigo leitor não sabe quem seja, é o cara da foto, personagem interpretado - com Maestria, diga-se - por Kevin Costner em Draft Day. filme de 2014. Nele, Sonny é General Manager do Cleveland Browns e faz uma troca louca, mas no final do filme ele dá a volta por cima e posiciona os Browns como um Super Contender. Filme faz parte do catálogo da Amazon Prime e eu super recomendo. Feito este preâmbulo, foi mais ou menos o que viveu Chris Grier hoje. Ele chocou a todos ao assaltar os Niners, trocando a escolha 3 pela 12 de San Francisco, mais a 1ª de 2022 e a de 2023, além da 3ª deste ano. Um puta de um assalto nos Niners. Isso já seria ótimo, mas - assim como no filme - teve mais... Menos de meia hora depois, Grier trocou a nossa escolha de 2022 ( e não a dos Niners ) e inversão das escolhas de quarto e quinto deste ano com os Eagles, pela Pick 6. Com este segundo movimento, Grier posiciona os Dolphins em posição de

Miami vence Pats e mantém chances de post-season

Não vi o jogo. Dia de eleições eu fico focado em ajudar o meu grupo político, em Salgueiro, que venceu. Mas pulemos esta parte. Vencer é sempre bom e importante, mas essa de Miami ontem tem vários significados. Apagar parte da tragédia de segunda contra os Titans. Sim, eu fiquei tão puto com o MNF que não fiz mais posts e até falei de largar a franquia. Então, vencer um rival de divisão sempre é a melhor cura para um vexame. Foi o caso.  Manter-se vivo na temporada. Com 1-4 tchau post-season e esse era o risco. Vencer e ficar com 2-3, com a Bye Week e depois uma partida contra um instável Colts parece até um sonho diante do que passamos desde o começo da partida contra os Bills em casa. Derrotar um rival. Fundamental afundar um rival quando se está em vias de afundar-se Então, porque não vencer dá moral ao rival. Com isso, freguesia renovada. Agora é ver o que McDaniel - que segundo amigos chamou um bom jogo - prepara para a partida contra os Colts, fora de casa. E ai, se tudo der cert

Pílulas do Dia Seguinte: E o buraco realmente é bem mais embaixo

Todos queriam algo diferente em Seatle, sabe-se lá como mas queriam. Mas o que se viu em campo - ou seria melhor dizer "não se viu"? - foi terrível. Nem parece que o time teve mais do que uma semana para se preparar para a viagem até a Costa Oeste, quase no limite com o Canadá. Era como se tivéssemos jogando o MNF e a semana tivesse sido super curta. Aqui vem o primeiro choque de realidade: não temos um Coach capaz de superar adversidades. Triste constatação que não pode mais ser ocultada. Mike McDaniel é o que Anthony Curti chama, se referindo à Dak Prescott QB dos Cowboys, Coach do Conforto. Quando tudo está a favor, ele é um dos melhores da Liga. Mas quando não está... seguramente fica entre os piores. E é óbvio que qualquer Head Coach terá mais momentos adversos do que favoráveis nas partidas, porque do outro lado estão outros grandes HCs. Ele não consegue reverter nada e isso já está bem chato. Adiante... O time entrou em campo como se Skylar Thompson fosse o Tua 2.0. O