Pular para o conteúdo principal

Week 1 - Dolphins 23 x 10 - Finalmente vencendo em abertura de temporada

O Miami venceu o Browns hoje em um jogo atípico. E em mais de um sentido. Mas o mais importante foi vencer. Precisamos de ao menos 10 vitórias para pensar em post-season, portanto faltam 9. Mas para vencer outras 9, o time vai ter que jogar mais do que hoje no ataque. Os 23 pontos podem deixar uma impressão de sucesso, mas não foi bem assim. Mas o importante é vencer, sempre é importante, pois desde 2010 o time não vencia em abertura de temporada. Vamos a uma análise por setores que funcionaram e os que deixaram a desejar:


FUNCIONOU

  • Pass Rush. Deu gosto de ver a atuação do nosso Front Seven. Cameron Wake começou simplesmente engolindo a OL do Browns, e olha que não é qualquer uma não. Ele terminou a partida com nada menos do que 2,5 sacks. Ele foi muito bem ajudado por Randy Starks, que dividiu um sack com ele e ainda fez outro, bem como fizeram um Derrick Shelby e Dion Jordan. Lindo de se ver.

  • Secundária. Faz tanto tempo que eu nem me lembro mais, diz uma letra de música dos anos 70. Pois eu não consigo lembrar quando tínhamos conseguido 3 interceptações em uma partida. Dimitri Patterson fez duas, uma delas lindíssima, e Nolan Carroll - que diria, né? - fez outra. Mas isso tem que ser relativizado um pouco, pois não será todo dia que o QB do outro lado será Brandon Weeden, vamos combinar? Mas enfim, foi uma ótima, mesmo que o time tenha levado quase 300 jds, mas é que Weeden ficou mais tempo com a bola. 

  • Jogo de passe. Fiquei sem saber se colocava aqui ou não. Pode perfeitamente estar no que funcionou quanto no que não funcionou. Explicando: Tannehill nem foi bom nem ruim. Isso é possível? Sim, é acreditem. O time conseguiu 3 interceptações no primeiro tempo e marcou apenas 3 pontos nessas situações. Aliás, o time só marcou 6 pontos no primeiro tempo. Ainda na parte de não funcionar, fica a interceptação de rookie que Tannehill lançou. Alguns dirão que o passe foi defletido. Sim, foi mesmo, mas o passe foi péssimo e por isso foi defletido. Mas tem o lado, digamos assim, bom é claro: Tannehill conseguiu seu primeiro TD em abertura de temporada e conseguiu uma boa produção de jardas e relação de passes acertados. Contudo, as deep balls não funcionaram e ele passou de ser interceptado outras duas vezes. Atuação regular ou que deu pro gasto, mas que diante de um Falcons vai resultar em derrota. Hartline teve uma atuação excelente, Wallace fez apenas figuração, Gibson mostrou útil e Clay apareceu bem em momento cruciais.

NÃO FUNCIONOU

  •  Jogo Corrido e/ou Linha Ofensiva. O Miami avançou impressionantes 20 jardas em 23 tentativas. Precisa dizer mais? Bom, nem deveria mas é preciso pontuar duas coisas: a) se for apenas o RBs, estamos mal pagos, pois teremos poucos o que fazer para resolver o problema; b) se o problema for na OL, e é o que parece, treino e dedicação podem amenizar o problema. Porque eu acredito que foi a OL quem não conseguiu abrir espaços? Os 2 RBs usados ( Thomas e Miller ) tiveram produção ruim, pífia até. Thomas até que conseguiu mais jardas, mas ainda assim produziu muito pouco. Ele ao menos fez um TD. Mas é preciso pontuar: uma semana de treinos não tem como produzir milagres.
  • Play Calling. É, passou um ano e o jogo do time segue num conservadorismo de dar raiva. Ai eu fico na dúvida: é assim porque falta audácia e capacidade para Mike Sherman ou porque Tannehill e os RBs são fracos? Se for a primeira opção é péssimo e se for a segunda mais ainda. Esperar que tenha sido apenas para não correr riscos desnecessários, mas não podemos capitalizar apenas 3 pontos em 3 interceptações. Audária, arrojo e ousadia é do que precisamos.


Acho importante ressaltar que, sempre, o mais importante é vencer. Sempre. Contudo é bom olharmos com atenção especial pro que não deu tão bem assim para não nos decepcionarmos nas próximas semanas. Entrando sabendo o que está ruim é a melhor forma de corrigir os problemas. Como por exemplo um retorno de TD anulado por uma falta imbecil de Nolan Carroll ou um número acentuado de faltas que cederam/custaram jardas importante.

Enfim, é bom vencer. É bom ver a defesa matando a pau. Mas é prudente pensar: era o Browns. Semana que vem tem mais. E o adversário é um tal de Colts com um tal de Andrew Luck. Mas, por hora, vamos celebrar. Miami está 1-0 pela primeira vez em 3 anos. E isso é o que, realmente, importa. Como disse lá em cima: falta nove vitórias!!!

Comentários

Bruno Ribeiro disse…
Excelente post.
Parabéns! GO DOLPHINS!
Rubens disse…
Boa análise. Go Dolphins

Postagens mais visitadas deste blog

Chris Grier viveu seu dia de Sonny Weaver Jr

Melhor momento do filme... Grier ficou assim hoje.   Sonny Weaver JR. Se o amigo leitor não sabe quem seja, é o cara da foto, personagem interpretado - com Maestria, diga-se - por Kevin Costner em Draft Day. filme de 2014. Nele, Sonny é General Manager do Cleveland Browns e faz uma troca louca, mas no final do filme ele dá a volta por cima e posiciona os Browns como um Super Contender. Filme faz parte do catálogo da Amazon Prime e eu super recomendo. Feito este preâmbulo, foi mais ou menos o que viveu Chris Grier hoje. Ele chocou a todos ao assaltar os Niners, trocando a escolha 3 pela 12 de San Francisco, mais a 1ª de 2022 e a de 2023, além da 3ª deste ano. Um puta de um assalto nos Niners. Isso já seria ótimo, mas - assim como no filme - teve mais... Menos de meia hora depois, Grier trocou a nossa escolha de 2022 ( e não a dos Niners ) e inversão das escolhas de quarto e quinto deste ano com os Eagles, pela Pick 6. Com este segundo movimento, Grier posiciona os Dolphins em posição de

Miami vence Pats e mantém chances de post-season

Não vi o jogo. Dia de eleições eu fico focado em ajudar o meu grupo político, em Salgueiro, que venceu. Mas pulemos esta parte. Vencer é sempre bom e importante, mas essa de Miami ontem tem vários significados. Apagar parte da tragédia de segunda contra os Titans. Sim, eu fiquei tão puto com o MNF que não fiz mais posts e até falei de largar a franquia. Então, vencer um rival de divisão sempre é a melhor cura para um vexame. Foi o caso.  Manter-se vivo na temporada. Com 1-4 tchau post-season e esse era o risco. Vencer e ficar com 2-3, com a Bye Week e depois uma partida contra um instável Colts parece até um sonho diante do que passamos desde o começo da partida contra os Bills em casa. Derrotar um rival. Fundamental afundar um rival quando se está em vias de afundar-se Então, porque não vencer dá moral ao rival. Com isso, freguesia renovada. Agora é ver o que McDaniel - que segundo amigos chamou um bom jogo - prepara para a partida contra os Colts, fora de casa. E ai, se tudo der cert

Pílulas do Dia Seguinte: E o buraco realmente é bem mais embaixo

Todos queriam algo diferente em Seatle, sabe-se lá como mas queriam. Mas o que se viu em campo - ou seria melhor dizer "não se viu"? - foi terrível. Nem parece que o time teve mais do que uma semana para se preparar para a viagem até a Costa Oeste, quase no limite com o Canadá. Era como se tivéssemos jogando o MNF e a semana tivesse sido super curta. Aqui vem o primeiro choque de realidade: não temos um Coach capaz de superar adversidades. Triste constatação que não pode mais ser ocultada. Mike McDaniel é o que Anthony Curti chama, se referindo à Dak Prescott QB dos Cowboys, Coach do Conforto. Quando tudo está a favor, ele é um dos melhores da Liga. Mas quando não está... seguramente fica entre os piores. E é óbvio que qualquer Head Coach terá mais momentos adversos do que favoráveis nas partidas, porque do outro lado estão outros grandes HCs. Ele não consegue reverter nada e isso já está bem chato. Adiante... O time entrou em campo como se Skylar Thompson fosse o Tua 2.0. O