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O que mudou este ano até aqui: Ataque

O pior setor tem muitas mudanças... vai dar certo?
Findo o Draft é hora de pensar: melhoramos ou estamos na mesma? Começo a tentar responder esta pergunta por aquele que é um dos piores setores de toda a NFL: o ataque do Miami. Que tem muito o que melhorar, mas... pois é, ao que parece - e olhando apenas para as peças adicionadas, não podemos garantir que o que foi feito até aqui dará resultado.

Vamos começar listando as peças adicionadas via Free Agency:
  • Knowshown Moreno ( RB ), ex-Broncos. Jogando no time do melhor QB da Liga ( talvez o melhor de todos os tempos ), ele conseguiu 10 Tds e 1.038 jardas. Como comparação Lamar Miller correu 709 jardas e marcou 2 Tds. Moreno é, portanto, uma ótima adição pro Ataque;
  • Brandon Albert ( LT ), ex-Chiefs. Valerá quanto pesa? Só o tempo dirá, mas ele é um upgrade enorme ao que tínhamos em 2013. Se será o que precisamos é outro papo;
  • Shelley Smith ( OG ), ex-Rams. Vem para ser Starter. Embora a concorrência facilite demais este seu "desafio";
  • Jason Fox ( RT ), ex-Lions. Veio para fazer Depth. E com o Draft de James será reserva na temporada inteira;
  • Kevin Cone e Jordan Rodgers. Um WR ex-Cards e um QB ex-Buccs para serem apenas, digamos assim, figurantes.
Além destes, temos que lembrar que teremos um no Coordenador Ofensivo, o "espetacular" Bill Lazor, cujo grande trabalho foi ser Coach de QBs no Eagles. Eu, e muitos analistas, deduzimos que Hickey e Philbin esperem que ele faça por Ryan Tannehill o que fez/teria feito com Nick Foles, que foi um dos melhores QBs da temporada, tendo lançado para 23 Tds e apenas 2 Interceptações e que foi, sem dúvida, o diferencial para ir para a post-season. Duvido que ele possa fazer isso, pois a mente criativa no Eagles é Chipp Kelly. Mas enfim...

Além destes, chegaram para o ataque, via Draft ( considerando só os 7 rounds, portanto UDFA não são contados ):
  • Ja'Wuan James ( RT ), Tennessee. A primeira escolha, jogador que pode jogar desde o primeiro dia, mas que foi um REACH absurdo, um dos maiores do Draft;
  • Jarvis Landry ( WR ), LSU. Vem para ser o recebedor do Slot. Poderia ser escolhido depois, mas nada que o classifique como um Reach grande. Pode ser tornar um excelente jogador, mas suas mãos não são das melhores;
  • Billy Turner ( OT ), North Dakota State. Outro Reach. O Miami queimou uma escolha de quarto round para poder draftá-lo. Apesar de listado como OT, a ideia será utilizá-lo como Guard. Pode, apesar disso, ter sido a melhor escolha do time. A conferir;
  • Arthur Lynch ( TE ), Georgia. Outro Tight End? Outro que mais bloqueia do que recebe? Pois é. Como Clay virou "estrela" e Sims ainda merece outra chance, quem deve se preocupar com esta pick é Michael Egnew;
  • Matt Hazel ( WR ), Coastal Carolina. Em tese, pra mim, um desperdício de pick. Não é melhor do que os que já estavam no elenco e não é um Special Teamer.
Conclusão:

Temos uma nova OL e disso todos já sabiam que iria acontecer. Albert, Turner, Pouncey, Smith e James tem tudo para serem um avanço, dos grandes, com relação a 2013. Vamos ser sinceros, seria um absurdo, mesmo para nós, conseguir montar um setor tão ridículo quando o ano passado.  Contudo, não esperem uma OL entre as 10 primeiras. Construir uma OL Top leva anos e muito treinamento, além das peças ideais. Não ser uma das 10 piores já será ótimo.

O Quarterback é o mesmo, mas o Coordenador não e isso também pode ajudar bastante, mesmo que Lazor se demonstre um fracasso. Nenhum Coordenador de Ataque durou mais do que duas temporadas em Miami ( dois dos últimos 8, apenas uma ), mas se ele for ao menos criativo e usar o jogo corrido, poderemos ter alguma melhora. A Deep Ball com Wallace, contudo, não tem coordenador que dê jeito: depende do QB. E nem é porque eu não gosto de Tannehill, e sim porque de nada adianta o OC criar a jogada se a bola não chegar. Portanto, para termos um ataque melhor, Tannehill tem que acertar a bola nas mãos de Wallace primeiro. Se a bola chegar, ai cabe a um dos recebedores mais bem pago da Liga, segurá-la.

Moreno é a peça que pode mudar o ataque. Claro que tanto ele quanto Tannehill precisam da OL e Plano de Jogo montados por Lazor, mas se ele conseguir correr para mais de mil jardas e marcas uns 8 Tds, já teremos feio quase o dobro de 2013. Landry pode ocupar o posto de Gibson, que todos já sabiam ser um atleta com sérios problemas de durabilidade. Se ele fixar-se como Slot e demonstrar regularidade, teremos melhorado o setor.

Mas e a saga dos Tight Ends de Middle Rounds? Pois é... Clay deve seguir como Starter, mas não esperem dele mais do que ele possa entregar, que é fazer o básico. Não esperem evolução dele porque vão se desapontar, ele é aquele de 2013. Sims pode melhorar, mas também é um TE de bloqueios, não de receber, assim como Lynch. Egnew é quem poderia ser o nosso "Gronk", mas está claro que isso também é pedir demais dele. Possivelmente ele até seja cortado, pois me parece meio sem lógica manter 4 TEs no Roster da Temporada.

Avaliação:

Temos motivo para esperar mais do ataque, mas são novidades demais. Lazor não tem nada que o credencie para ser um ótimo OC, a OL feita por dois Free Agents e dois Rookies é uma incógnita ( sei que perceberam a sutileza da palavra escolhida ) e pode não render o esperado. Junte-se a isso que nosso QB é inconstante e uma ausência de alvos seguros e que consigam, na marra, as grandes recepções é claro que temos que aguardar. Tudo pode dar liga e o time deslanchar na temporada. Mas não é o mais provável que aconteça. 

Será, enfim, um ano de transição. Que pode render pra cima ou para baixo. Até a quarta semana saberemos as respostas...

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