Temos um ataque? |
O grande nó do time nos anos anteriores era um ataque eficiente. Que pudesse conseguir manter a defesa descansada para encarar os grandes setores ofensivos dos adversários. A relação de ataque x defesa pode ser sentido entre os recentes campeões da NFL, que possuem setores defensivos dominantes ( Seahawks e Ravens ), mas o ataque destes foram muito eficientes nas campanhas vitoriosas. Não adianta ter uma super defesa, se ela tiver que ficar mais de 40 minutos em campo. Ela cansará e o ataque adversário, mesmo que não seja uma brastemp, vai passar por cima. E o comum.
Miami tem um Quarterback, que mesmo jogando bem recentemente, não é - e possivelmente nunca será - de elite, ou seja, não vai estar entre os 10 melhores da Liga. Mas que nem por isso ficará entre os 10 piores, como foi listado diversas vezes este ano. O lugar dele é, como direi, entre a 11ª posição e a 20ª, dependendo de quantos QBs novos com qualidade entrarem na Liga. Ele ainda continua atrás de 2 QBs da sua própria turma ( Luck e Wilson ). Foles e RGIII precisam se provar de verdade. Mas antes de analisar os nossos jogadores de ataque, por setor, vamos dar uma olhada nos números do nosso ataque:
É animador olhar para essa imagem. Vamos descontar dela, o fato de que tivemos um jogo atípico contra o Chargers ( o que inflou bastante a nossa média de pontos por partida ), e veremos bons números, com certeza. Estar no Top Ten em pontos é algo que deixa os torcedores muito felizes, com certeza. O ataque tem conseguido jardas, mas o jogo aéreo ainda não engrenou. Tudo por causa, sem crítica mas é a realidade, do tipo de QB que temos: ele não é um que produz grandes números. É um QB que pode fazer um papel que lhe é designado, mas não o veremos passando para 300 jds em 3, 4 partidas seguidas. O nosso jogo corrido está bem, mas perdeu uma posição, dado o jogo pouco produtivo contra San Diego. Agora, quem vai reclamar disso? Eu não... Vamos ao setores e seus destaques:
- Quarterbacks: Ryan Tannehill ( 14 TDs, 6 Ints, 63,3% de acerto, 17 sacks, 245 jds corridas, 3 fumbles ) está numa temporada, digamos assim, animadora, vem numa crescente, se consideramos as 5 últimas partidas, após as 3 primeiras realmente ruins. Mas é o 19º QB em passes, não aparece entre os 20 que mais lançaram passes para mais de 40 ou 20 jardas, 13º em TDs lançados... mas está com números que o colocam na rota das 4000 jardas e 30 TDs. Não é pouco, ainda mais se compararmos com o que ele fez ano passado. Precisa melhorar, mas é preciso citar que ele agora vai pegar defesas melhores ( Lions, Bills e Broncos ) e que já encarou duas das piores equipes da NFL ( Raiders e Jaguars ). E será vital manter o ritmo atual;
- Runningbacks: Lamar Miller ( 106 corridas, 518 jds - 4,9 por corrida, 5 TDs, 21 recepções, 144 jds - 6,9 por passe, 1 TD, e Fumbles ) é um dos destaques deste ataque. Se mantiver o ritmo atual, passará das 1000 jds e conseguirá 10 TDs, o que é muita coisa para alguém que era duramente criticado. Em certo sentido, ele foi quem melhor está sabendo aproveitar-se da OL poderosa que o time montou. Seus números poderiam ser melhores, mas o começo como reserva de Knowshom Moreno lhe custou snaps e sua produção. Miller tem atuado com regularidade e só na partida anterior não superou a marca das 50 jds, mas alguém pode reclamar disso?
- Wide Receivers: Mike Wallace ( 35 recepções, 468 jds - 13,4 por recepção, 5 TDs, 2 fumbles ) pode até estar "ruim" em termos de jardas, mas já conseguiu o mesmo número de TDs que na temporada passa inteira. Tem sido bem acionado, porém para ganhos menores. A falha na Deep Ball o prejudica e é o ponto que até agora não tem funcionado. Se o time corrigir isso, podemos ganhar uma arma mortífera. Aguardemos as próximas partidas...;
- Tight Ends: Charles Clay ( 27 recepções, 270 jardas - 10 por recepção, 2 TDs ) é a bola de segurança de Tannehill. O TE engrenou pra valer a partir do jogo contra o Bears e fez sua melhor atuação contra o Chargers. Não a toa, foram nestas partidas que marcou os seus TDs. Claro que seus números não são espetaculares e nem o colocam entre os melhores da temporada, mas ele em Miami é o cara. Até porque se depender dos outros TEs do elenco, estamos ferrados...
- Linha Ofensiva: Samson Satele. Como assim? O time tem dois Tackles entre os 15 melhores em diversas listas e você cita o Center? Bom, Satele é o destaque sim da OL. Primeiro porque segurou - muitíssimo bem - o rojão quando Mike Pouncey ficou de fora, tendo sido contratado, por assim dizer, no desespero. E tem mais: ele está tão bem, que quando Pouncey voltou de suspensão, ele prosseguiu como Center, e o ex-Starter foi deslocado para Guard, reforçando a OL no seu ponto fraco. E creio eu que ninguém esperava isso por parte dele, não é mesmo? E se todo grande time começa por um grande goleiro, toda OL começa pelo Center. Ele não cometeu erros, tem feitos os Snaps com solidez e - sobretudo - tem sido eficaz no jogo corrido. Sei que surpreendi a todos com esta escolha, mas creio eu que após a explicação, todos a tenham entendido.
- Coordenador Ofensivo: Fui um crítico da escolha de Bill Lazor. Ele, acreditem, ainda não me convenceu. Mas se usarmos como base de comparação o trabalho de seus antecessores, ele é quase um mágico. A Deep ball não funcionava antes e segue sem funcionar. E tem um outro ponto: quanto da melhora do ataque é efeito da OL ou do trabalho dele em si? Precisamos ver como o setor vai se comportar contra Unidades mais fortes e se manterá o ritmo - bom - atual. Por enquanto, ele está com crédito. Mas o saldo é, ainda, pequeno...
Amanhã, a defesa. Motivo de orgulho total de todos os torcedores. Em tempo: Brent Grimes foi eleito o Jogador de Defesa da AFC.
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