Pular para o conteúdo principal

Pílulas do dia seguinte: Jogamos como nunca, perdemos como quase sempre...



"Não, outra vez não!!"

Assim como na partida diante do Packers e do Lions, domingo à noite eu sabia que o Broncos iria virar a partida. Certo como dois e dois são 4, que eu sabia de antemão que o time tomaria a virada. Acontece que desta vez a culpa não foi do ataque, que teve uma boa atuação ( acima do esperado por todos ) e não deixou a defesa morrendo em campo. Então o que aconteceu que, mesmo marcando muitos pontos, o time ainda assim perdeu? 

Difícil dizer. Parece loucura mas o time fez quase todo o necessário para vencer um grande. Não foi como diante dos Packers, quando o ataque começou se arrastando para morrer no fim da partida ou a atuação tenebrosa que tivemos contra o Lions, onde o ataque só conseguiu marcar um TD porque os especialistas deixaram a bola pro time na marca das 5 jardas. Contra o Broncos, a coisa foi diferente. 

Agora o time tem 6-5 e jogará 4 partidas onde não poderá perder nem a primeira ( Ravens, Jets, Vikings e Jets ). Descarto o jogo contra o Patriots porque eles tem amassado os adversários e não vejo como não fazer o mesmo conosco. Abaixo, 6 pensamentos adaptados por mim de um texto do Phinsider:


1 - O ataque fez a sua parte: Para surpresa de muitos, o ataque do Dolphins fez sua quarta partida acima dos 30 pontos na temporada. E fez iss contra uma defesa grande Bronco, repleta de talento. O time conseguiu superar inclusive a lesão Ja'Wuan James, que tinha substituído Brande Albert como Left Tackle e terminou a partida com uma Linha Ofensiva remendada como Tenaz ( poucos dos que me leem devem ter usado esta marca, praticamente extinta creio eu ). O setor terminou com Dallas Thomas de LT e Jason Fox de RT. E cedeu apenas um sack para uma defesa que tem Von Miller e Demarcus Ware entre os melhores da Liga!!!

O ataque comandado por Tannehill marcou 36 pontos. Duvido que alguém esperasse tal marca, sem ajuda da defesa retornando algum fumble ou interceptação. A interceptação nem foi exatamente culpa direta de Tannehill, mas isso tem a ver com uma mudança feita a partir da terceira semana, quando a Deep Ball simplesmente sumiu do playbook. Vejam que ele tem acertado mais passes, mas não passa - muitas vezes - sequer das 250 jardas. O motivo? Ele tem acertado muitos passes para ganhos de até 6 jardas. Domingo foram 26 para 228 jardas, sendo o mais longo deles para 21 jardas, para um sumidaço da temporada Brian Hartline. Jarvis Landry recebeu um passe de 20. Os outros eram passes para 17, 16, 14... e diversos passes para 4, 3 e até 2 jardas.

Sem a deep ball a defesa adversária aproxima a marcação para evitar ganhos pós-recepção nos passes curtos. E no passe que Landry não segurou e gerou a interceptação foi exatamente isso que aconteceu. Sem a ameaça de um "fogo na bomba", o DC dos Broncos mandou todos para a linha de scrimmage. Em resumo: a interceptação diretamente não foi culpa de Tannehill, mas a sua capacidade de lançar passes longos com precisão é uma causa secundária. Isso apaga a boa atuação dele e do ataque? Bom, não. Mas fica o gosto amargo de ter feito apenas 7 pontos e mais de 28 minutos do segundo tempo. Isso não tem como negar...

Outra coisa a se lamentar foi a reduzida utilização de Lamar Miller na partida. Apesar de conseguir 4,9 jardas por corrida ( média ótima ), ele só correu 12 vezes. Ok, ele está voltando de contusão e talvez não quiseram forçá-lo demais, mas será que 3 ou 4 carregadas a mais seriam assim tão prejudiciais? Em todo caso, pela primeira vez na temporada, a derrota não pode ser creditada ao ataque. O que é, digamos assim, um avanço. E dos grande.

2 - O que houve com a defesa?: Quando seu ataque joga bem e seu time tem uma ótima defesa, tudo o que se espera é a vitória. Nossa defesa vinha tomando poucos pontos e em apenas 3 partidas tinha sofrido 20 ou mais pontos: Chiefs 34, Packers 27 e Lions 20. Como a partida contra o Packers fora na semana 6, tinham 5 jogos que o time não tomava mais de 20 pontos e só uma vez tomara 30. Tomar 39, mesmo para um dos melhores ataque, foi duro de assistir. Ainda mais quando o time ficou com 11 pontos de vantagem no começo do quarto final.

Vá lá que a ausência de Cortland Finnegan fosse sentida, mas tanto assim? Além do mais o time tomou ( outra vez ) uma baile de um RB ramdon ( um zé das couves por assim dizer). Knile Davis - desconhecido até nos encarar - já fizera um estrago grande ao correr para 3 Touchdowns e mais de 100 jardas. Agora o que o CJ Anderson fez foi vergonhoso. Nossa defesa era a segunda melhor contra a corrida. Era... Voltando aos Cornerbacks, Finnegan tem atuado em um patamar inferior ao seu colega Grimes, mas deixou claro o abismo com relação a Jamar Taylor ( que já pode ser considerado um bust ). A idiotice que ele em uma terceira para 20 jardas é coisa para "apanhar de cinta" como diz o André Henning. Deu vontade... além dele, teve a péssima atuação - para dizer o mínimo - de Jimmy Wilson. Que coisa mais patética. E ele é o nosso Nickleback ( que entra em situação clara de passe ). Estamos fritos... Ah sim, pela primeira vez em vi em campo Walt Aikens... era melhor não ter visto.

Só me passa uma opção: o trabalho foi focado exclusivamente em como neutralizar os passes de Manning ( o que de certa forma foi alcançado, pois ele passou para meras 257 jardas ) e como os RBs Starters estavam fora do jogo, subestimaram o setor dos Broncos. Deu no que não deu... derrotados por um RB ramdon... Fosse só isso, ainda ai... mas teve mais...

3 - Errar tackles é uma coisa, mas o que fizeram no domingo é outra bem diferente: De acordo com ProFootballFocus.com, o Dolphins perdeu 14 tackles. 87 das 201 jardas corridas vieram após o contato. É assim que se perdem jogos. E nós perdemos. Ao menos duas conversões de terceira descida para 10 jardas poderiam ter sido facilmente evitadas com um tackle perto da linha de scrimmage. Facilmente... mas os tackles eram errados de forma bisonha. Vá lá que a Linha Ofensiva fizesse alguns bons bloqueios, mas tantos assim? Foi duro de ver... e contra Peyton Manning isso vai significar derrota. Não fosse a atuação excelente do ataque, poderia ter sido uma surra daquelas...

4 - A jogada da partida: Não pode ser outra se não a interceptação. Segundo alguns analistas teve contato exagerado na jogada, com alguns cobrando até uma PI. Eu não vi assim. Os juízes são muito exigentes nestes casos e se eles não marcaram é porque não foi. Em todo caso ele é um novato e erros acontecem. 

Mas o que aconteceria se ele recebesse o passe? Bom, eficiente como estava o ataque ( mesmo que mais fraco no segundo tempo ), o time poderia conseguir o TD. Faria-o? Ai é mera especulação... mas essa jogada, definiu a partida, sem dúvida...

5 - Mas e chute(??) do Onside Kick, o que foi aquilo? Claro que tivesse dado certo, a conversa seria outra. É verdade isso, mas deu errado. Aliás, muito errado. Serve em defesa da mente que pensou isso que raramente se recupera a bola. Eu mesmo acho que o time que recebe o chute recupera - ao menos - em 90% das vezes. Portanto, em tese, valeria a pena arriscar. Valeria mesmo? Pelo visto aquilo não foi treinado e se foi, Sturgis faltou ao treino.

6 - Outra virada no drive final: Com dito diversas vezes, foi a terceira vez em que tomamos uma virada em drive final. A segundo em 3 jogos. O time que tem 6-5 ( e voltou a ficar distante da post-season neste momento ) poderia estar com - que coisa - 8 vitórias e 3 derrotas. Se colocarmos na conta a derrota pro Packers, poderia ser 9-2. Sabem quem também tem 9-2? Patriots. E nós seríamos o time a liderar a divisão...

Contudo, temos que lembrar que o Broncos tem 19-2 em casa com Manning e que a equipe foi ao último Super Bowl. E mesmo assim jogamos de igual para igual com eles durante a partida inteira, ficando na liderança quase até o final da partida. Não é pouca coisa, sem dúvida. Mas quando você encara times melhores e lidera por boa parte de partida e perde, você se lembra que não é mais grande. E isso dói, mas dói muito. Talvez até menos do que perder por 20 pontos, que era o esperado. Eu disse, talvez...

A equipe vai entrar em Dezembro com viés de alta após a partida. Vai encarar uma decisão no Monday Night contra o time do Jets, nosso odiado rival, no Metlife Stadium. Vencer, ainda mais diante da situação das duas equipes, é mais do que obrigação, é vital. Perder significa dar adeus ao sonho da post-season. Porque convenhamos: quem perde pro Jets pode querer playoofs para quê?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Chris Grier viveu seu dia de Sonny Weaver Jr

Melhor momento do filme... Grier ficou assim hoje.   Sonny Weaver JR. Se o amigo leitor não sabe quem seja, é o cara da foto, personagem interpretado - com Maestria, diga-se - por Kevin Costner em Draft Day. filme de 2014. Nele, Sonny é General Manager do Cleveland Browns e faz uma troca louca, mas no final do filme ele dá a volta por cima e posiciona os Browns como um Super Contender. Filme faz parte do catálogo da Amazon Prime e eu super recomendo. Feito este preâmbulo, foi mais ou menos o que viveu Chris Grier hoje. Ele chocou a todos ao assaltar os Niners, trocando a escolha 3 pela 12 de San Francisco, mais a 1ª de 2022 e a de 2023, além da 3ª deste ano. Um puta de um assalto nos Niners. Isso já seria ótimo, mas - assim como no filme - teve mais... Menos de meia hora depois, Grier trocou a nossa escolha de 2022 ( e não a dos Niners ) e inversão das escolhas de quarto e quinto deste ano com os Eagles, pela Pick 6. Com este segundo movimento, Grier posiciona os Dolphins em posição de

Miami vence Pats e mantém chances de post-season

Não vi o jogo. Dia de eleições eu fico focado em ajudar o meu grupo político, em Salgueiro, que venceu. Mas pulemos esta parte. Vencer é sempre bom e importante, mas essa de Miami ontem tem vários significados. Apagar parte da tragédia de segunda contra os Titans. Sim, eu fiquei tão puto com o MNF que não fiz mais posts e até falei de largar a franquia. Então, vencer um rival de divisão sempre é a melhor cura para um vexame. Foi o caso.  Manter-se vivo na temporada. Com 1-4 tchau post-season e esse era o risco. Vencer e ficar com 2-3, com a Bye Week e depois uma partida contra um instável Colts parece até um sonho diante do que passamos desde o começo da partida contra os Bills em casa. Derrotar um rival. Fundamental afundar um rival quando se está em vias de afundar-se Então, porque não vencer dá moral ao rival. Com isso, freguesia renovada. Agora é ver o que McDaniel - que segundo amigos chamou um bom jogo - prepara para a partida contra os Colts, fora de casa. E ai, se tudo der cert

Pílulas do Dia Seguinte: E o buraco realmente é bem mais embaixo

Todos queriam algo diferente em Seatle, sabe-se lá como mas queriam. Mas o que se viu em campo - ou seria melhor dizer "não se viu"? - foi terrível. Nem parece que o time teve mais do que uma semana para se preparar para a viagem até a Costa Oeste, quase no limite com o Canadá. Era como se tivéssemos jogando o MNF e a semana tivesse sido super curta. Aqui vem o primeiro choque de realidade: não temos um Coach capaz de superar adversidades. Triste constatação que não pode mais ser ocultada. Mike McDaniel é o que Anthony Curti chama, se referindo à Dak Prescott QB dos Cowboys, Coach do Conforto. Quando tudo está a favor, ele é um dos melhores da Liga. Mas quando não está... seguramente fica entre os piores. E é óbvio que qualquer Head Coach terá mais momentos adversos do que favoráveis nas partidas, porque do outro lado estão outros grandes HCs. Ele não consegue reverter nada e isso já está bem chato. Adiante... O time entrou em campo como se Skylar Thompson fosse o Tua 2.0. O