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Miami estende contrato de Tannehill

Ele agora é um QB com 100 milhões na conta...
Em 2012, quando pela primeira vez alguém cogitou a possibilidade que o Miami Dolphins iria draftar Ryan Tannehill, eu me posicionei contra. Alguns, e os comentários estão ai no histórico para provar foi que mudaram de ideia. Eu não, sigo sendo 100% contra o draft dele. O que alguns esquecem é que todas as decisões feitas a partir do momento em que ele foi o escolhido ( muito antes do draft, diga-se ) foram feitas para tornar um QB meia-boca em um Franchise Quarterback. Algo que não é e que jamais o será. E eu, passados 3 anos daquele dia, sigo convicto do que disse naquele dia. Aliás, eu me arrependo foi de ter comparado ele com Brady no físico.

Pois bem, o time resolveu tornar Tannehill em dos QBs que ganham salários na metade de cima da lista, ou seja, acima de 15 milhões. O contrato é um tanto quanto complexo, mas eu vou tentar explicar:
  • Tannehill assinou um contrato de Rookie, com base nas novas regras que limitam os salários dos novatos, por 4 temporadas com opção de um quinto. 
  • Foi essa cláusula que o time ativou antes do Draft. Faz sentido. Eita, Flávio, como assim? Explico adiante. Sendo assim, ele já teria contrato com o time até o fim de 2016.
  • Agora o time fechou com ele uma extensão do acordo, até 2020. Por esse acordo ele recebe mais 3,5 milhões em 2016 e em 2017, além de 16,5 milhões em 2018, totalizando 21 milhões garantidos. 
  • Somando tudo, até 2020 ele receberá 96 milhões de dólares, sendo 45 milhões garantidos.
  • Curiosidade 1: De todos os QBs da Classe de 2012 que renderam na Liga ( Luck, RG III, Tannehill, Foles e Wilson - na ordem em que foram draftados ), Tannehill é o primeiro a receber um extensão contratual.
  • Curiosidade 2: Se por algum motivo, o time resolver cortar ele no ano que vem, terá que pagar os 21,5 milhões de uma tacada só. Some isso aos quase 30 milhões que o contrato do Suh vai custar e temos um quadro tenebroso...
  • Curiosidade 3: Ele agora tem um salário de 15 milhões por ano. Coisa que Andrew Luck ( dois títulos de divisão ), Nick Foles ( um título de divisão ) e Russell Wilson ( 1 Super Bowl vencido e um  outro perdido ) não tem.
Vamos ao que sempre dá polemica: é um erro. Sim, um erro. Mas Flávio você ali disse que fazia sentido estender o contrato por um ano, ativando a opção. Sim, faz sentido sim. Uma vez que o time acredita que ele é o Starter para 2015, não faz sentido deixar ele atuar o ano inteiro sem proteção para 2016. Vai que ele resolve queimar minha língua e leva o time até uma Final da AFC? Ai ele poderia - está no contrato - recusar o ano extra por contrato de Rookie e exigir um contrato maior. Entendeu a lógica? Eu não quero ele como QB do meu time, mas se o time o quer, que faça o que puder para manter ele. Simples assim...

Além disso, tem outro dado importante: o time já tinha ele sob contrato para 2015 e 2016. Portanto, não existe motivo para o time alterar isso e manter ele até 2020. Aqui é onde está o ERRO grave. Imaginemos que Tannehill siga sendo o QB inconstante que sabemos que ele é hoje e que, pode acontecer, fique pior? Imaginemos então que ele sofra uma grave contusão ( outra coisa que, infelizmente pode acontecer ) e que nem volte mais a jogar? O time poderia esperar terminar a temporada de 2015 e ver se valeria a pena manter o QB por mais tempo. Agora, não faz sentido. 

Pode acontecer o contrário e ele posicionar-se como Top Ten e dar sinais claros de que pode levar o time ao Super Bowl? Duvido que isso aconteça, mas mesmo que pensem assim ( e é errado pensar assim ), o time poderia esperar mais um ano para fazer isso. Em todo caso, se acontecer dele virar o que alguns manés esperam, o time terá sim feito uma barganha. Mas que se registre: ele sempre poderá fazer Holdout e exigir mais.

E eu vou além: porque raios será que Andrew Luck e Russell Wilson, dois QBs que são muito melhores ( mas muito mesmo ) do que Tannehill não receberam extensão ainda? Por isso eu sempre digo que times vencedores não fazem coisas assim, times perdedores sim. E, infelizmente é o caso do Dolphins atualmente. E se o Miami obtiver uma possibilidade como em 1983 ( Marino caindo em nosso colo? ), vai fazer o que com Tannehill?

Enfim, agora Inês é morta, como diz o ditado. Se eu achava um erro em 2012, claro que acho o mesmo agora. Afinal não basta errar uma vez é preciso seguir errando. Afinal não seria o Miami Dolphins caso fizesse a coisa certa, não é mesmo?

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