Pular para o conteúdo principal

Stephen Ross escreveu uma carta para os fás e eu tive vontade de chorar... de raiva.

E o Pateta pensa que somos... idiotas!!!
Eu acompanho o Miami Dolphins a muito tempo. E quando eu digo muito tempo, realmente é muito tempo mesmo. Pelas minhas contas desde 1985, quando o time foi ao seu último Super Bowl. O dono ainda era o nosso fundador Joe Robbie. Na época eu nem soube da morte dele em 1987 e nem da mudança de proprietário quando Wayne Huizenga comprou o espólio dele. Com transmissões ao vivo pela ESPN em 1996 ficou mais fácil, mas o time já não era mais contender. Ao menos pude ver as últimas atuações de Dan Marino e surgir um quarteto mítico na defesa ( Thomas, Taylor, Surtain e Maddison. Depois vieram os anos tenebrosos, de derrotas, derrotas e mais derrotas... 

Desde 2002 só tivemos uma temporada com mais vitórias do que derrotas, a de 2008. Aquele 11-5 parece, a cada dia, mais um ponto fora da curva. Aquela foi, também, a última em que Huizenga foi acionista Majoritário. Ele vendeu 50% ao magnata do ramo imobiliário Stephen Ross. Parecia uma mudanças de ares, temporada de playoffs e novo dono. Em suma eu pensei que teriamos uma nova mentalidade. Parecia... pois é, parecia.

Nas 7 temporadas nas quais Ross foi proprietário ( comprou mais 45% antes do começo da temporada de 2009 ), a campanha é de pífias 48 vitórias e 63 derrotas. Um aproveitamento de 43,24%, que pode ( e eu espero que ) piorar amanha com uma derrota para o Patriots ( cairia para 42,85% ou subir para 43,75% se vencermos ). Ross, portanto, manteve o ritmo desastroso que já imperava em Miami desde 2002, a primeira temporada sem post-season da sequencia, mesmo que o time tenha feito 10-6. 

Ele tentou contratar Treinador sem demitir o atual ocupante do cargo, manteve Jeff Ireland e Joe Philbin porque teve pena de demiti-los... enfim, a lista de erros é tao grande que eu nem quero lembrar de tudo. Pois bem, ele lançou uma carta aos fás nesta virada de ano. Ela vai abaixo, com adaptações para o português, feitas por mim:

À medida em que nosso final de temporada se aproxima, eu quero simplesmente dizer, obrigado. Eu tinha grandes expectativas para este ano e os resultados em campo foram decepcionantes... para você, nosso pessoal, nossos treinadores, jogadores e ex-jogadores, e certamente para mim. Através de tudo isso, seu apoio tem sido inabalável. Tivemos verdadeiras  multidões em cada jogo em casa e muitos iguais a você se juntaram a nós nas viagens. Todos no Dolphins apreciam- sua lealdade e apoio consistentes.

Esta equipa pertence a você. Ela pertence a cada um de vocês que tem estado aqui por tudo isso: as nossas celebrações e os nossos desafios. Não há atalhos nem fórmulas mágicas para ganhar. Eu sei que vai ter muito trabalho para chegarmos onde queremos ir e posso assegurar-lhes que todos nos Dolphins está trabalhando duro para honrar a tradição vencedora de nossa grande franquia.

Nós iremos conduzir um minucioso processo, conduzido por Mike Tannenbaum para selecionar o nosso Head Coach,  que não sofrerá de minha parte qualquer intervenção. Esta pesquisa será aprofundada e vamos levá-la onde precisamos ir. Agradeço tudo que Dan Campbell tem feito nesta temporada e ele ganhou a oportunidade de ser considerado para nosso Head Coach. Também identificamos vários candidatos promissores e vamos começar a trabalhar imediatamente. Teremos mais a dizer sobre o assunto após a temporada. O seu apoio é um elemento crítico para nossos esforços de construir uma equipe vencedora e todos nós apreciamos você. Eu olho para a frente com otimismo para mais celebrações no futuro juntos.

Stephen Ross - Miami Dolphins

Eu, tenho que admitir, sinceramente estou cansando dessas palavras, de falar que "estamos fazendo tudo para tornar o time vencedor". O Cardinals era uma piada até 2007. O Lions fez 0-16 um ano após nós fazermos 1-15 e já conseguiu temporadas com mais vitórias do que derrotas. O time do Seahawks se reconstruiu e venceu um Super Bowl ( e perdeu outro na sequencia ). Até o Raiders dá sinais de melhora, o que parece piada...

O que eu quero é que erros como estender o contrato de Tannehill sem qualquer necessidade nunca mais sejam feitas, assim como doações de Brandon Marshall ou as trades com Cap Hit monstruoso de Mike Wallace e Danell Ellerbe. Isso sem falar nos cortes de Phillip Wheeler e Brandon Gibson. Que ainda seguirão pesando em nossa folha salarial. Que aliás só com o contrato de 3 jogadores ( Suh, Tannehill e Albert ) vai consumir quase 50 milhões.

Escolher um ótimo Head Coach é o primeiro passo, como ele diz. Eu só não acredito é que ele seja capaz de conseguir isso, com os homens que ele contratou ( Mike Tannenbaum e Dennis Hickey ). Mas é o que nos resta esperar... e torcer contra 3 times amanha para conseguirmos uma escolha dentro do Top Five no Draft, talvez até mesmo a terceira.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Chris Grier viveu seu dia de Sonny Weaver Jr

Melhor momento do filme... Grier ficou assim hoje.   Sonny Weaver JR. Se o amigo leitor não sabe quem seja, é o cara da foto, personagem interpretado - com Maestria, diga-se - por Kevin Costner em Draft Day. filme de 2014. Nele, Sonny é General Manager do Cleveland Browns e faz uma troca louca, mas no final do filme ele dá a volta por cima e posiciona os Browns como um Super Contender. Filme faz parte do catálogo da Amazon Prime e eu super recomendo. Feito este preâmbulo, foi mais ou menos o que viveu Chris Grier hoje. Ele chocou a todos ao assaltar os Niners, trocando a escolha 3 pela 12 de San Francisco, mais a 1ª de 2022 e a de 2023, além da 3ª deste ano. Um puta de um assalto nos Niners. Isso já seria ótimo, mas - assim como no filme - teve mais... Menos de meia hora depois, Grier trocou a nossa escolha de 2022 ( e não a dos Niners ) e inversão das escolhas de quarto e quinto deste ano com os Eagles, pela Pick 6. Com este segundo movimento, Grier posiciona os Dolphins em posição de

Miami vence Pats e mantém chances de post-season

Não vi o jogo. Dia de eleições eu fico focado em ajudar o meu grupo político, em Salgueiro, que venceu. Mas pulemos esta parte. Vencer é sempre bom e importante, mas essa de Miami ontem tem vários significados. Apagar parte da tragédia de segunda contra os Titans. Sim, eu fiquei tão puto com o MNF que não fiz mais posts e até falei de largar a franquia. Então, vencer um rival de divisão sempre é a melhor cura para um vexame. Foi o caso.  Manter-se vivo na temporada. Com 1-4 tchau post-season e esse era o risco. Vencer e ficar com 2-3, com a Bye Week e depois uma partida contra um instável Colts parece até um sonho diante do que passamos desde o começo da partida contra os Bills em casa. Derrotar um rival. Fundamental afundar um rival quando se está em vias de afundar-se Então, porque não vencer dá moral ao rival. Com isso, freguesia renovada. Agora é ver o que McDaniel - que segundo amigos chamou um bom jogo - prepara para a partida contra os Colts, fora de casa. E ai, se tudo der cert

Pílulas do Dia Seguinte: E o buraco realmente é bem mais embaixo

Todos queriam algo diferente em Seatle, sabe-se lá como mas queriam. Mas o que se viu em campo - ou seria melhor dizer "não se viu"? - foi terrível. Nem parece que o time teve mais do que uma semana para se preparar para a viagem até a Costa Oeste, quase no limite com o Canadá. Era como se tivéssemos jogando o MNF e a semana tivesse sido super curta. Aqui vem o primeiro choque de realidade: não temos um Coach capaz de superar adversidades. Triste constatação que não pode mais ser ocultada. Mike McDaniel é o que Anthony Curti chama, se referindo à Dak Prescott QB dos Cowboys, Coach do Conforto. Quando tudo está a favor, ele é um dos melhores da Liga. Mas quando não está... seguramente fica entre os piores. E é óbvio que qualquer Head Coach terá mais momentos adversos do que favoráveis nas partidas, porque do outro lado estão outros grandes HCs. Ele não consegue reverter nada e isso já está bem chato. Adiante... O time entrou em campo como se Skylar Thompson fosse o Tua 2.0. O