Parker foi clutch demais e comandou a virada |
Parecia que íamos perder para um time inferior ( na tabela ), com chuva, com dois desfalques importantes na OL ( Albert e Pouncey ), sem ter efetividade no ataque ( 10 falhas em converter terceiras descidas ), debaixo de chuva, fora de casa... tudo conspirava contra. E faltando pouco mais de 4 minutos para o fim o placar mostrava 10x0 para o Rams. Mas esta temporada não está tendo nada de normal...
Disse que partidas como as diante dos Chargers nós sempre perdíamos e domingo passado não perdemos. Hoje o time estava numa situação onde na qual, em toda a história, nunca tínhamos vencido uma partida sequer: entrar nos 5 minutos finais com ZERO pontos, com 31 derrotas!!! E achamos um meio de vencer. Como? Eu ainda não sei explicar...
Ryan Tannehill - assim como quase todo o time - estavam em uma jornada para se esquecer. Jay Ajayi ia se virando, mas quando conseguia 10 jardas pra frente logo perdia 2 ou 3 na outra jogada. Tanto é que nosso Kicker Andrew Franks não de um único chute, porque não conseguimos posicionar a bola para isso. Matt Darr no entanto, estava sendo o melhor jogador de ataque. Como tantas vezes nosso Punter fora antes. Quem não lembra de Brandon Fields?
Ai num drive que teve uma falta da defesa do Rams, o time foi avançando e avançando até que, na Red Zone, Tannehill deu um passe na linha de 5 jardas - mais um aparente inútil passe curto - mas Landry ficou em pé depois de quase cair e ai todo o time do Miami o empurrou para End Zone. Touchdown e uma chance de vencer a partida. A defesa forçou o 3 and out e, com 2:11 pro fim e um Time-out Ryan Tannehill teria que tirar um coelho da cartola.
O mais óbvio era forçar passes longos para Kenny Stills e buscar Jarvis Landry na sideline. Mas esta não é uma temporada comum, lembram? Tannehill buscou DeVante Parker, não apenas uma, mas duas vezes. E na segunda delas ele fez um quase milagre, buscando uma bola praticamente no chão e transformá-la em recepção. Como bônus ainda saiu de campo, parando o relógio. Faltando 40s para o fim da partida, dentro da Red Zone veio o botleg, a corrida de Tannehill para a direita e...
Parker fez, seguramente, uma das mais belas recepções do ano. Ao menos do Miami é, com certeza. Tannehill tem seus méritos, é claro. Ele foi péssimo durante 80% da partida, mas sabe-se lá como, ele e o ataque entraram em alfa e passaram a acertar quase tudo. E conseguimos vencer num território onde andávamos perdendo desde muito tempo. E isso, acreditem, essa é a primeira coisa que times vencedores fazem: vencer as partidas em que parece óbvio que vão perder e, quase que por milagre, arrumam um meio de vencer.
Não estou cravando que agora estamos no patamar dos times vitoriosos, mas que deixar de entregar partidas ou deixar de perder partidas como a de hoje é o primeiro passo para que os tempos de glória voltem. Eles estão voltando, Flávio? Ainda não, mas eu não via o Miami vencer partidas como a de hoje desde... bom, no século passado, com certeza. E está cada vez mais difícil não ficar animado.
Semana que vem é encarar o Niners no Hard Rock Stadium e... bom, vencer, né?
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