Grier tem trabalho a fazer... |
Segundo uma frase famosa "mais complicado do que vencer é seguir vencendo". E este é o desafio de Chris Grier. Em Miami desde 2000 ( seguramente o membro com mais tempo de casa fora Don Shula ), ele viveu o início da Era pós-Marino, quando a franquia era relevante até virar piada em 2007. Viveu todos os maus momentos e os poucos bons momentos. Iniciou como Olheiro, passou para Chefe dos Olheiros e outros cargos no Escritório até virar General Manager em 2016. Este posto era limitado, porque Mike Tannenbaum era o Vice-Presidente e quem, de fato, dava a palavra final.
Efetivamente GM a partir de 2019, será para sempre lembrado pela Trade com os Texans envolvendo Laremy Tunsil, que segue produzindo seus efeitos. Único GM negro da NFL, ele também seus erros, muitos deles em Draft. E não posso deixar de apontar a desastrosa trade com os Steelers por Minkah FitzPatrick ou a com os Cardinals por Josh Rosen, seguramente a pior de todas que eu vi em Miami.
Para 2023 o desafio é seguir vencendo. Não basta mais terminar com mais vitórias, pegar Wild Card e perder ( mesmo que sem levar surra ) na post-season. É preciso mais e isso começa por desafiar os Bills, que parecem muito comodos no topo da divisão. Derrotar os rivais é o primeiro passo, sem dar espaço para Jets e Patriots. Se quisermos ir além, é preciso fazer 5-1 na divisão, e isso implica varrer Pats e Jest. O que não fizemos em 2022.
Claro que temos que considerar as contusões, mas isso um GM não consegue controlar. Mas precisa buscar um QB Backup que possa jogar, o que não foi o caso de BridgeWater. Melhorar a Linha Ofensiva, ter um Backfield, conseguir LBs ( coisa que o time não tem faz tempos ) e reforçar a Secundária. Tudo isso com apenas 5 picks e atualmente 16 milhões acima do Cap.
Algumas movimentações parecem óbvias, como reestruturar os contratos de Tyreek Hill e Bradley Chubb e estender o contrato de Christian Wilkins. Com estas movimentações o Miami teria 20 milhões para gastar. Existe um outro movimento que perdeu força, que era o corte de Byron Jones. Isso porque o valor somente ficará livre em Junho, quando os melhores jogadores teriam sido contratados. Em todo caso, não vejo mais espaço para ele em Miami.
No draft, com 5 escolhas ( duas de terceira rodada ), espero que venham um TE e um LB para serem Starters. Um CB e um Safety seriam bem vindos também, não sendo necessários dois titulares, mas jogadores para compor bem o elenco. Dessa maneira, será via Free Agency que devemos esperar os Starters de posições cruciais.
Dentre os que viraram Free Agents que jogaram em 2022, a dupla de RBs me parece a maior prioridade. Mantermos Jeff Wilson - grande contratação no meio da temporada - e Raheem Mostert é algo essencial. Existe a necessidade de renovar com os reservas da OL Brandon Shell e Greg Little, para manter coesão na unidade. Isso no ataque.
Olhando para a defesa eu tentaria manter com Elandon Roberts, Melvin Ingran e Eric Rowe. Não conseguiremos assinar com todos. Assim Van Ginkel e Duke Riley seriam descartados, mas pode assinar com Ginkel e deixar Roberts sair. O fato é que diversas posições nos 53 da temporada devem ficar com UDFA.
Grier precisa se provar nesta Free Agency e Draft. Para que possamos desafiar os times fortes que a AFC possui. Porque o objetivo final é chegar no Super Bowl.
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