O mais contestado QB rookie da história do Miami. Assim eu poderia resumir o QB John Beck. Mas não é o que eu farei. Ele não merece isso, quando alguém faz o perfil dele mesmo que seja o que eu penso sobre.
John Beck veio de uma Universidade considerada por muitos pequena ( BYU ) e que não enfrenta grandes adversários, mas que em contra-partida não tem grandes talentos. Daí ele ter chamado a atenção de vários Técnicos, entre ele o Cam Cameron, e analistas da NFL pelo seu excelente desempenho como Sênior em 2006: 3885 jardas, 32 TDs, 8 INT e rating de 169.06. E foi com essa "credencial" que ele foi para o Draft, sem que quase ninguém o desse como first round pick.
E foi o que aconteceu, ao final da primeira rodada, onde o "queridinho" Brad Quinn foi deixado de lado por mais da metade das franquias da Liga e sendo escolhido apenas na 22ª posição pelo Cleveland Browns. Mas o que exatementel, a história de Beck tem a ver com a de Quinn?? Tudo, já que 90% da torcida do Miami queria Brad Quinn no time, eu incluso. E na 9ª escolha Quinn estava disponível, só que Cam Cameron o esnobou para draftar o Ted Ginn Jr, e bom, deste vocês já sabem a história de cor e salteado. Ao frustar a "carente" torcida do Miami no First Round, Cameron criou um problema para qualquer QB que fosse draftado na sequência, e aqui começa o problema de Beck.
Ao ser escolhido na 9ª escolha do sgundo round, Beck já teria problemas, pois sempre ouviria: "esse não é o QB que queremos. Quem era pra estar aqui era o Quinn". Isso já bastaria para comprometer ou ao menos dificultar uma adaptação de um QB "jovem" - para quem não sabe Beck tinha 26 anos quando começou a temporada de 2007. Mas o pior ainda estava por vir. Ao apresentar e justificar a escolha de John Beck, Cam Cameron ( a besta mor do GDBAT ) disse a já folclórica frase: "ele é melhor do que Brad Quinn". Ai a vida de John Beck no Miami foi para o brejo. Some-se o fato de chegar em um time que quer voltar a vencer o quanto antes, e que não tem um ataque exatamente primoroso, e o palco está montado. Mas até isso poderia ser melhor, já que Cam Cameron era o Coordenador Ofensivo do Chargers, que tem em Ladanian Tomlison o seu ponto forte e que o QB Phillip Rivers é apenas mediano. Era o que todos esperavam, mas...
O time tinha Dante Cullpepper, mas o cortou antes das TCs. Para o seu lugar trouxeram o mais veterano ainda Trent Green, para que este pudesse comandar o time enquanto o "talentoso" Beck se preparasse. E um detalhe tem que ser dito: uma das maiores qualidades de Beck seria justamente o de ser o mais preparado para jogar na NFL. É muita pressão para um "jovem" de 26? Até aqui parecer ser...
Green começou a temporada, e o time só perdia. Mas eram derrotas apertadas, exceto para o Cowboys de Tony Romo, e o time parecia ter algo para mostrar. Eu mesmo disse na terceira partida que a temporada estava perdida. Só que Green se machuca tentando ganhar algumas jardas correndo e o bicho pega. O Rookie passa a ser o reserva e o "Limão" o Starter. E mais derrotas, e jogos perdidos por falta de QB. Até que Cam Cameron é resolve arriscar, afinal se Beck era o QB mais preparado para a NFL, ele poderia melhorar aquele time. Poderia.
Em cinco jogos como Starter o time perdeu o cinco. Aqui é preciso dizer em sua defesa que:
Ronnie Brown estava machucado. Antes da contusão ele era o 5° em jardas corridas na Liga;
Ao ver o barco afundar, o principal - e único - WR do time havia pedido para ser trocado. E o time atendeu, mandando-o para o Chargers por uma escolha de segundo round. A mesmo que nos trouxe Chad Henne;
A OL sofria com falta de valores e contusões.
E foi assim que Beck virou Starter. Depois voltou a perder a posição para o "Limão", que ainda salvou o time do vexame contra o Ravens ( mais por ruindade do Ravens em matar o jogo do que méritos nossos ). E ele acabou sendo considerado um dos bodes expiatórios da péssima temporada de 1-15. Ao final da temporada, o dono do time resolveu agir de verdade contratando Bill Parcells para ser o Vice-Presidente de Operações. E um processo de reconstrução teve início. Mas uma coisa parecia certa: Beck seria a aposta da nova Comissão, capitaneada por Tony Sparano. Parecia...
Durante a Off-Season o time contratou Josh McCown que nunca foi nada em lugar algum e não deixou saudades em nenhum dos times por onde passou. Mas parecia barbada que ele ficasse como titular nessa briga contra um veterano péssimo. Parecia...
Ai vieram as TCs 2008, e o desempenho de Beck era altamente irregular para alguém que seria o "mais preparado" QB para a NFL. Erros e mais erros e a vaga de Starter sendo perdida dia-a-dia para McCown. Quando tudo apontava que ele seria reserva de McCown um fato novo: o nosso maior rival, o NY Jets, faz uma trade com o Packers para ter em sua fileiras Brett Favre, e dispensam Chad Pennington. E o Front Office do Miami age rápido e o contrata. Pennington é o tipo de jogador que chega para ser Starter, afinal é melhor do que todos os QB no elenco. Ao menos tem experiência maior do que todos e já comandou uma franquia e deixou fãs, e alguém deverá sentir saudades dele.
Será que a pressão ainda é grande? Será que Beck sente-se mal em Miami? Será que ele é ruim? Será que ele é um talento que se perderá por ter caído no Dolphins? Será que ele teria mais sorte em outra franquia? Só o tempo poderá responder a essas questões. A verdade é que Beck adoraria ter ido parar no Colts e/ou Pats. Lá sem pressão alguma, poderia ir longe...
Comentários
a pressao é grande sobre ele, e será no meu time quando manning se aposentar, e será em NE qdo brady sair, assim como é sobre Aaron Rodgers. Acho que ele precisa sair de Miami. Ele já foi queimado pelas besteiras faladas por Cam CaMorron
No geral eu não acredito mais nele. E até mesmo o acho um BUST. E vc tem razão sim, quando fala do geral. Eu me defendi quanto ao perfil, no qual fiz sem fazer referência a esta palavra. E sim a pressão é grande. Marino parou a quase uma década, mas a sua sombra continua a fazer vítimas...