Seria esta a Training Camp da redenção? |
Texto inspirado em um que eu li no The Phinsider. E postado por um fã deles, não pela equipe do site. Fiz modificações consideráveis para poder chamar de apenas uma tradução.
Ao longo das últimas nove temporadas, o recorde do Miami Dolphins é de impressionantes 58 vitórias e 86 derrotas, com um pífio aproveitamento de 0,403. Todos nós sabemos que este retrospecto terrível ( bem terrível ) é apenas uma parte da história triste que se abateu sobre a franquia desde 2004. Isso não é tudo, mas demonstra de forma cabal o que aconteceu com todos nós: deixamos de ser torcedores orgulhosos de seu time para torcedores com baixa estima e até mesmo envergonhados. Que me desculpem torcedores de times como Lions, Browns, Cards, Jets e outros times horrorosos desta liga, mas para quem venceu 2 SBs – um deles invicto – ficar nesta mesmice é o fim da picada. Isso não é para nós. E nós, com certeza, não fazemos parte do time dos derrotados da Liga. Tenham 100% de certeza disto.
Ao longo das últimas nove temporadas, o recorde do Miami Dolphins é de impressionantes 58 vitórias e 86 derrotas, com um pífio aproveitamento de 0,403. Todos nós sabemos que este retrospecto terrível ( bem terrível ) é apenas uma parte da história triste que se abateu sobre a franquia desde 2004. Isso não é tudo, mas demonstra de forma cabal o que aconteceu com todos nós: deixamos de ser torcedores orgulhosos de seu time para torcedores com baixa estima e até mesmo envergonhados. Que me desculpem torcedores de times como Lions, Browns, Cards, Jets e outros times horrorosos desta liga, mas para quem venceu 2 SBs – um deles invicto – ficar nesta mesmice é o fim da picada. Isso não é para nós. E nós, com certeza, não fazemos parte do time dos derrotados da Liga. Tenham 100% de certeza disto.
Nem sempre foi assim. Embora
pareça que estamos assim a décadas, nove temporadas atrás ficamos de fora da
post-season com um 11-5, por causa de uma derrota para uma então nova franquia
( sim, foi para o odiado Texans ). Pouco mais de 10 anos atrás, a cada nova
temporada o sentimento geral de todos era que o Miami poderia estar no Super
Bowl. Não era sonho nem loucura disser isso, infelizmente como o é atualmente. Nenhum
de nós acompanhou a era de ouro da franquia e suas duas conquistas em 3 Bowls
seguidos ( 71/72/73 ). Mas eu, e alguns outros poucos, viramos torcedores por
causa de um certo camisa 13. Ano após ano sempre entravamos na temporada
sonhando alto. Mas a temporada nunca terminava na conquista suprema. Mas sempre
tinha o próximo ano - que sempre prometia ir além do que o anterior. A isso
chamasse time vencedor. Nem sempre vence o Super Bowl, mas todo ano está lá
entre os que comemoram alguma coisa e terminam com mais vitórias do que
derrotas. Para ilustrar: durante os 25 anos
em que Don Shula foi nosso treinador em apenas 2 temporadas o time não teve
mais vitórias do que derrotas. E um deles foi 8-8!.
Havia um sentimento de
preocupação com a aposentadoria de Marino: quem seria o QB a aguentar o tranco
de substitui-lo? A Training Camp de 2000 foi uma das mais esperadas de nossa
história. O Miami trouxe Jay “passe pro lado” Fiedler e eis que ele venceu 11
partidas nas temporadas 2000 e 2001. De repente percebemos que o time era mais
que Marino, que podíamos vencer mesmo sem ele. Aquelas duas primeiras
temporadas sem ele mantiveram o sonho acesso, mas havia uma certeza: o time
precisava, urgentemente, de um Power back, aquele corredor capaz de conseguir,
no talento puro, mais de 1.500 jds.
Em 2002 o time trouxe tal
jogador: Ricky Williams. E ele quase que sozinho conseguiu levar o para os
playoffs ( a temporada de Williams é a mais espetacular de um RB que eu vi ).
Mas o recorde final de fez 9-7 foi insuficiente. Mas o pior estava por vir,
ainda. Em 2003 uma inesperada derrota na abertura da temporada, e em casa, nos
custou a post-season. O time? Um tal de Houston Texans. E, claro, era a
primeira partida da história deles. Sim eles eram uma franquia de expansão. Mas
a entrada deles nos custou a post-season duas vezes. Explico: até 2002 os
playoffs continham os campeões de divisão ( eram 3 ) mais 3 times via Wild
Card, só que com a adição do ( odiado ) Texans, passaram a ser 4 Divisões. A
NFL preferiu então cortar uma vaga de Wild ao invés de mexer no sistema da
pós-temporada. Para alguns analistas, o Miami era fortíssimo candidato ao Super
Bowl, por ter uma defesa dominante e um jogo corrido eficiente. Alguém ai se
lembrou do atual campeão do Super Bowl?
Bom, a partir daí tudo
descambou. Em 2004 Ricky Williams saiu da NFL para ir... fumar MACONHA!!!.
Diversas picks de draft foram perdidas em jogadores terríveis para serem QBs (
nem vou citar os nomes ). Veio 2006 e os analistas apostaram que poderíamos chegar
no Super Bowl. E sim, foi em 2006 em que passamos pela segunda um tal de Drew
Brees. A temporada de 2007... bom, pula né?. Nesse meio teve a temporada de
2008, que no fim das contas mais prejudicou ( no longo prazo ) do que ajudou.
Os anos de mediocridade voltaram com mais intensidade ainda, pois até a
esperança de dias melhores fora embora.
É muito fácil entender porque
os fãs entram o ano com baixas expectativas. A temporada anterior ( em qualquer
ano, não exatamente a de 2012 ) foi péssima. Os melhores jogadoras caem fora
tão logo podem ou, pior, são quase doados pelo Front Office ( vide Brandon
Marshall ). O próprio Front Office não ajuda em nada, como quando Stephen Ross
fez o papelão de ir até São Francisco conversar com Jim Harbaugh sem ter
demitido Tony Sparano. Sem falar que sempre vem o papo de “que este ano é nosso”
ou de “tudo pode acontecer”. Os novos contratados, sempre com os bolsos cheio
de grana, falam sempre em post-season e de como o ambiente é ótimo e para
encerrar de que o time, com certeza, vai jogar em janeiro. Sempre, todo ano...
Este ano parece diferente, mas
outros também pareciam, como 2006 ou 2009. A vibração positiva em torno desta
equipa não parece ser algo forçado, não parece ser artificial. Aparenta ser uma
sensação autêntica. Parece genuína. Mas outras também pareceram no passado
recente... Mas se não fosse algo real, o que levaria 2.700 fãs para o primeiro treino?
Número que só encontra similar com a temporada de 2006. De alguma maneira os
fãs querem acreditar. Os fãs parecem estar prontos para dar ao time seu tempo e
atenção. Mas não o seu dinheiro - ainda não.
A venda de ingressos ainda não
se recuperou e, convenhamos, por uma boa razão. Nós temos tudo sido enganado muitas
vezes por esta equipe. Claro que para qualquer leitor deste Blog que tenha
poder aquisitivo para tanto, seria uma honra, um prazer, comprar o carnê da
temporada. Claro, eu adoraria poder comprar e assistir as 8 partidas no Sun
Life, afinal nunca vi uma sequer até hoje e nem sei se poderei um dia. Mas e se
você morasse em Miami e tivesse 50 anos? Você iria gastar seu dinheiro ( e os
EUA estão ainda em recessão ) para ver seu 18º QB em 13 anos lançar 3 interceptações,
sem TD, diante do Titans?. Acho que não... Precisamos que o time apareça, ou em
um ditado famoso: é ver para crer. Nós não queremos que esses treinadores e
jogadores nos digam que são bons. Precisamos vê-los fazendo isso em campo.
Isso não significa que o
sentimento positivo quanto a esta equipe não seja real. É real... por enquanto.
Tal sentimento permanecerá vivo em agosto e no começo de setembro. Contudo ele
poderá morrer ( ou aumentar ) a partir de Outubro. Poderá chegar enterrado ( ou
renascido com força total ) em Novembro caso o time não corresponda em campo.
Se ainda existirá ao menos lembranças dele em Dezembro é longe demais prever.
Toda equipa quer vencer. Não pense
que os donos de times como Browns, Jaguars, Cards ou Lions querem perder ano
após ano. Não eles não querem, porque os times são negócios lucrativos,
portanto, quanto mais vencerem mais lucram os donos. Mas vencer um Super Bowl
não é fácil. Temos franquias que estão na Liga desde a sua fundação ( algumas
bem antes disso ) que nunca venceram, ou seja, até hoje não acertaram a mão (
alguém ai pensou em Eagles além de mim? ). Goste ou não, nosso time está hoje
nessa mesma posição, mas ao menos nós podemos dizer que perdemos o rumo, mas
isso o deixa melhor? A mim, com certeza não.
Nas duas offseasons mais
recentes, de onde vem o grosso do time atual e que gera essas grandes
expectativas, usamos uma top 10 draft pick em um quarterback e distribuímos US$
171 milhões ( US$ 78,5 milhões garantidos ) nos contratos a sete jogadores. Se
essas duas coisas não derem certo, iremos ter perdido ( como digo a desde o
draft de 2012 ) mais 5 ou 6 anos. E o sofrimento das temporadas recentes não terá
valido a pena. Sem falar nos problemas de Cap que teremos, caso alguns destes “novos”
milionários não rendam o esperado. Trocando em miúdos: poderemos ser um time
sem QB e sem Cap para 2014. Pode existir cenário pior?
Contudo é possível notar que
os fãs têm expectativas altas para o Miami Dolphins em 2013, com os menos
otimistas falando em ao menos 9 vitórias e com alguns exaltados falando até em
Super Bowl. Neste momento, os efeitos dessas expectativas são todos positivos:
excitação, entusiasmo e até mesmo euforia. Mas se o Dolphins ficar aquém disso?
Se o time fizer 8-8? Se Tannehill não tiver uma temporada, ao menos, decente?
Se os contratados, vide Mike Wallace, não elevarem o nível do time? Bom, tem um
certo ditado que diz que quanto maior é o alvo, maior é o tombo...
Como dizem os mais experientes,
as expectativas são perigosas.
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