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Porque raios Joe Philbin vai permanecer em Miami?

Philbin não é o pior Coach que passou pelo Miami, mas está longe de ser o que precisamos
Joseph "Joe" Philbin, 53 anos. Um profissional com uma boa carreira na NFL, desde treinador de Linha Ofensiva e Coordenador Ofensivo, todos no Green Bay Packers. Não era a primeira opção do Dolphins para a temporada 2012, tal posto cabia a Jeff Fischer, que assinou com o Saint Louis Rams. Veio para os Dolphins credenciado por comandar o ataque onde despontava Aaron Rodgers, mesmo que o Head Coach Mike McCarthy fosse quem chamasse as jogadas de ataque. Parecia uma boa aposta. Parecia...

Até hoje resta uma grande dúvida em suas primeiras ações: Mike Sherman foi escolhido OC para desenvolver Tannehill ou foi a escolha de Tannehill quem definiu a contratação de Sherman? Pouco importa, as duas escolhas foram péssimas. Mas teve mais: a doação de Brandon Marshall para o Chicago Bears por duas escolhas de terceiro round. Tal decisão foi ou não tomada para não atrapalhar o jovem QB, que nem draftado fora ainda? Pouco importa, foi outra péssima escolha.

Alguns analistas acreditam que nossa defesa renda melhor numa 3-4 do que no atual 4-3, porque Wake e Jordan teriam suas qualidade potencializadas. A escolha de um DC fiel ao 4-3 ( Kevin Coyle ) pode ter ferrado parte do potencial do time. Eu pessoalmente não acredito nisto, mas é inegável que existe uma clara diferença de desempenho na defesa da época de Mike Nolan para a de Coyle.

Philbin pegou um time que vencera 6 das últimas 9 partidas da temporada de 2011. Portanto, não era um time fraco. A época a certeza era: com o QB certo e com um draft cirúrgico, o time tem condições virar Contender. Este era o patamar do time que ele assumiu. Que fizera 7-9 ( 2009 e 2010 ) e só tivera o 6-10 de 2011 porque Matt Moore demorou para pegar o ritmo. Em todo caso, o Miami Dolphins era um time padrão 8-8. E Philbin não conseguiu melhorar isso.

Não vou discorrer sobre a escolha de Tannehill porque todos sabem bem o que penso sobre isso e como as pessoas ficam quando eu digo o que penso. Mas é inegável uma coisa: o time não melhorou em 3 anos e isso é terrível. Fosse só isso - e não é pouca coisa - o time piorou em certo sentidos. Como esquecer do Bullying Gate? Como pode acontecer algo assim e o Head Coach não saber? Ou não ser responsabilizado? Como ele pode escapar ileso após o time sem implodido? Pois é... ele voltou para a temporada 2014. E, mais uma vez...

O time ficou na mesma condição em que já estava antes, ou seja, no 8-8. Aliás, se o time vencer domingo, Philbin vai ficar com 24 vitórias e... 24 derrotas!!! Em três anos o time permanece sendo onde estava em 2011. Perdemos 3 anos, abrimos mão do melhor jogador do ataque, fizemos escolhas horríveis no Draft, perdemos partidas ganhas e seguimos sendo um time que nem é péssimo e fica longe de ser bom.

Domingo o time conseguiu vencer uma partida que, como postei, fez lembrar os velhos tempos de quando éramos um time vencedor e dávamos uma forma de vencer as partidas, não de perdê-los. Só que o dono do time Stephen Ross resolveu deixar a emoção superar a razão e no vestiário disse que Philbin estava garantido para a temporada 2015. Patético... mas esperar o que de alguém que parece com o Pateta?

Não existe explicação para tal medida. Existem opções no mercado e ele decide manter o Head Coach que não conseguiu elevar o patamar do time? Não existe hoje uma única razão lógica para a manutenção de Joe Philbin. E deixo um dado: em Cincy, os Bengals pensam demitir o Head Coach Marvin Lewis se ele não conseguir uma vitória na post-season!!! E, espantoso, o time vai a post-season pela quarta temporada seguida, um feito inédito na história da franquia. Só como dado comparativo: a sequência de 6 temporadas sem post-season atual empata com a nossa maior seca, que foi imediatamente anterior a última ida ao "paraíso"...

Enquanto equipes pensam em demitir técnicos porque não conseguem vencer na pós-temporada nós mantemos um que nem melhorou o nível da equipe. Isso, infelizmente, explica muita coisa em Miami... muita.

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