'The Juice" tem feitos históricos na Liga, mesmo sem um QB que preste... |
Não sou botafoguense, mas tenho amigos que torcem para o time da "estrela solitária" e eles usam um mantra de que "existem coisas que só acontecem com o Botafogo". Verdade ou não, eu estou praticamente importando essa frase para o Miami Dolphins.
Na off-season renovamos com Kenny Stills ( um WR pra lá de comum ) num acordo de médio prazo, além do contrato assustador dado a um DE para lá de questionável ( Andre Branch ). Se levarmos em conta que Ryan Tannehill recebe o sexto maior salário da Liga ( empatado com um tal de Aaron Rodgers ) e que Ndamukong Suh é o maior salário da Liga fora os QBs, temos uma clara explicação porque faltou espaço no Cap para assinar com Jarvis Landry.
Acontece que dos citados acima, tirando Suh, nenhum deles sequer chegam perto do talento espetacular que Landy tem e já demonstrou na Liga. Nenhum outro WR recebeu mais passes do que ele, que por sinal é apenas o recordista da NFL neste quesito para recebedores nos seus 3 primeiros anos. E olhem que ele concorreu com o seu amigo pessoal Odell Beckham Jr, colega dele de time em LSU. Landry é, acreditem, um All-Star. Fora ele, no time, temos apenas Cameron Wake e, tirando as contusões da equação, Reshad Jones e Mike Pouncey. Como dar mega contratos a jogadores questionáveis e negá-lo a um dos poucos All-Star do elenco?
É ai onde entra a frase dos botafoguenses, porque só aqui que Branchs e Stills receberiam contratos novos e o melhor WR do time ( e um dos melhores jogadores do elenco e da Liga!!! ) seria relegado a um segundo, terceiro plano. Jamais o time poderia deixar que Landry fosse para seu último ano de rookie sem contrato. Santo Deus, o time deu uma extensão para Ryan Tannehill ao fim do seu terceiro ano quando ele nem fazia ( e ainda não fez ) por merecer, quando o time o tinha sob contrato por mais duas temporadas, mas deixa Landry de fora? Simplesmente, surreal.
Durante o fim de semana, Mike Tannenbaum disse que o Miami estaria realizando uma trade importante antes do fim da pré-temporada. E, lógico, alguns times entenderam que Landry poderia ser negociado. E ligaram, é claro. Eu mesmo ligaria se fosse GM de alguma equipe da NFL. E o burburinho instalou-se em todo o Sul da Flórida. E ao que parece, não existe fundo de verdade, mas o boato só existiu porque Landry não estará sob contrato no ano que vem. Em suma: o Miami pede para que coisas assim aconteçam.
Landry poderá, com base na procura por seu nome, forçar uma saída no ano que vem ou dificultar ao máximo um novo acerto, tirando mais e mais recursos do nosso Front Office. Uma coisa é certa: satisfeito ele não está. Tem sido político nas suas entrevistas, mas quem estaria feliz ganhando menos do que Stills? Ninguém, é claro. O CBA ( acordo coletivo entre Liga e Jogadores ) estipula regras bem rígidas, mas a franquia deu um reconhecimento a Tannehill e não o fez com alguém muito melhor do que ele... outra vez, são "coisas que só acontecem com os Dolphins".
Infelizmente. E em uma tenebrosa trade, creio eu, o máximo que conseguiríamos era uma escolha de segundo round, com mais alguma no ano seguinte. Ou seja, nada. Sem falar que Landry - não me canso de dizer - é um jogador tão bom, mas tão bom que nem parece ter sido draftado por nós. E talvez por isso, por não parecer jogador, o time não o queira conosco. Prefiram as perebas com nossa cara...
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