Um TE que possa meter medo nos rivais? Gescicki pode sê-lo... |
O Miami ressente-se de um TE dominador a muito tempo. O último nome que eu me lembro que tenha chegado perto disso foi Randy McMichael, que nos deixou em 2004. Faz muito tempo, mas esta busca pode ter, enfim, chegado finalmente ao fim neste draft, com a escolha de Mike Gesicki. Só o tempo dirá se sim ou não, mas são fortes os indícios de que sim.
Gesicki é um atleta fenomenal para a posição e as Universidades viram esse aspecto enquanto inspecionavam sua carreira no High School. Gesicki acabou escolhendo Penn State e não se arrependeria disso. Jogou em todos os 13 jogos ( um como Starter ) em sua primeira temporada ( 11 catches para 114 jardas ). Ele começou 8 dos 12 jogos em 2015, conseguindo 13 catches para 125 jardas e seu primeiro touchdown. Gesicki usou seu tamanho, capacidade atlética e mãos seguras para se beneficiar do melhoramento do ataque em 2016, ganhando menção honrosa na All-Big Ten, depois de iniciar todos os 14 jogos e terminar entre os melhores TEs do país recebendo passes ( 48 recepções, 679 jardas, 5 TDs .
Ano passado ele deu o grande salto, ao marcar 9 TDs, mesmo conseguindo menos jardas totais ( 563, fruto de uma melhor marcação após as 679 do ano anterior ). Mais uma vez começou todas as partidas e ainda foi novamente mencionado no melhor time da temporada na All Big Ten. Em algum momento a discussão girava quem seria o primeiro TE a ser escolhido: ele ou Dallas Goedert. Acabou sendo ele e isso não é nenhum problema, nem reach. Vamos ao seu perfil:
Nome: Mike Gesicki - Idades: 03/10/1995 ( 22 anos )
Altura: 1,98m - Peso: 114kg - Universidade: Penn State - Classe: Sênior
Pontos Positivos
- Ágil em seus deslocamentos, apesar do corpo forte;
- Gera preocupação vertical para os linebackers, exigindo destes atenção máxima na cobertura;
- Suas passadas largas, aliada ao seu porte atlético e os quadris ágeis o ajudam a criar separação em rotas de segundo e terceiro nível;
- Máximo esforço em cada execução de rota;
- Muda a velocidade de rota e esconde de forma eficaz qual a rota que fará;
- Capacidade de executar padrões de rotas mais complexas é um trunfo;
- Habilidades de recepção se destacaram na classe TE de 2018;
- Sua capacidade de saltar foi aperfeiçoada por jogar vôlei e basquete;
- Usa envergadura para fazer recepções que dificultam as marcações;
- Faz ajustes no ar e muitas vezes está na posição ideal para puxá-la para o corpo;
- Durabilidade é um destaque adicional. Praticamente sem histórico de contusões.
Pontos Fracos
- Segundo analista, ele se destaca "apenas" por sua impulsão do que como um TE;
- Altura e Força são notáveis, mas limitam sua ação em campo aberto quando a velocidade é exigida;
- Tem problemas com marcação perto da linha de scrimmage, que na NFL será ainda mais forte;
- Precisa provar que pode lidar com marcações mais físicas em nível profissional.
- Lentidão é um ponto a ser corrigido;
- Abordagem passiva como bloqueador coloca corridas em perigo imediato. Uso das mãos é ruim no jogo corrido;
- Contra marcação de alto nível ele costuma decair porcentagem de recepções.
Visão Geral - Uma boa escolha. Ele chega para ser Starter sem contestações. Suas falhas nos bloqueios são um ponto a ser observado, mas ele foi escolhido para receber passes e ser o "nosso" Gronk, se tornando nossa bola de segurança. Se Landry tivesse ficado seria o melhor dos mundos, apenas necessitando um QB. Mas como não ficou, será ele a bola de segurança isolada.
Tem capacidade para isso. E talvez por isso o time tenha escolha Durham Smythe, para que ele possa bloquear deixando Gesicki livre para receber passes. Em todo caso, é bom ver quem será melhor entre ele e Goedert. Se fizer bem a transição da NCAA para a NFL, tem tudo para ser uma estrela por 4 anos em Miami. E depois, claro, ser doado para algum outro time...
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