Uma coisa eu tenho que admitir: ele tem um excelente gosto...
Este post não irá criticar a escolha de Ryan Tannehill, nem o front office e tampouco sobre um futuro "negro" com a sua chegada. Devo isso a todos os meus leitores ( phináticos ou não ) e por isso esse um post de, digamos assim, boas vindas pro novo jogador do Miami Dolphins: Ryan Timothy Tannehill.
Mas quem é Ryan Tannehill?
Ryan é um legítimo Texano, filho de texanos e que aspirava ir para a Texas Tech, igual a seus pais. Foi destaque no Colegial ( Big Srping High Scholl ), onde atuou em seu segundo ano como DB e nos outros como QB. Na temporada de sênior levou a escola a final estadual, feito inédito na história da Escola. Com seu desempenho ele imaginou que conseguiria realizar o sonho de cursar a mesma faculdade que os pais tinham feito. Mas Texas Tech não o aceitou.
Recusado pela Universidade de seus sonhos, Tannehill passou a enviar o curriculo escolar para outras Universidades do Texas e recebeu várias propostas ( TCU, Houston Tulsa, UTEP ), mas ele preferiu a Texas A&M. Uma escolha que se mostraria acertada. Em seu ano de redshirt ele era o 3º QB e alinhava - esporádicamente - no time de especialistas e como WR. Parecia que sua vida como jogador universitário seria, digamos assim, comum. Foi que chegou para comandar o time do Aggies um experiente Treinador, que deixará o Green Bay Packers recentemente: Mike Sherman.
Na preparação para a temporada de 2008, ele ainda era o terceiro QB do time atrás do sênior Stephen McGee e do Redshirt Sophomore Jerrod Jonhson. Vendo potencial naquele garoto alto, Sherman o desloca para o grupo de recebedores para dessa vez ter um papel no esquema de ataque, que prefere WR altos. O tempo mostrou que Sherman estava correto e ao fim da temporada ele querbrara todos os recordes para um novato na história da Universidade ( 55 passes, 844 jardas, 15,3 jardas por recepção e 5 Tds ).
Mas em sua cabeça permanecia a vontade de ser QB. Ele se via como um QB. Era o seu desejo, mas que em 2009 não foi realizado, quando ele mais uma vez foi WR. Em apenas duas partidas - e como substituto ele atuou como QB, com desempenho ruim ( eram finais de partidas ). Ao fim do ano seus números como WR decaíram, mas isso se deve ao fato de ter perdido 3 partidas por contusão.
Em 2010, tudo seguiu na mesma, com Jarred Johnson seguindo como Starter e Tanehill como WR, Ou melhor, na mesma não, pirou pois nas 6 primeiras partidas Ryan tinha apenas 146 jardas. Foi quando Jonhson se machuca e ele herda a posição de QB. E a sorte lhe sorri, com um desempenho ótimo: 152 passes acertados em 234 ( 65% ), 1638 jardas, 13 Tds e 6 interceptações. Nada mal para quem era um WR, certo?
Com o ótimo desempenho como Júnior ele volta em 2011 como intocável na posição de QB. E o time só teve a ganhar com isso. Atuações fortes, vitórias e a ida a um Bowl como prêmio. Ryan quebrou praticamente todos os recordes da Universidade para a posição e teve a melhor temporada desde sempre. Seus números como Sênior foram: 327 passes completados em 531 ( 61,6% ), 3.744 jardas, 29 Tds e 15 Interceptações. Ele ainda correu 306 jardas ( 5,3jds de média ) e marcou 4 Tds. Números, de fato, reluzentes.
Antes do início da Free Agency em Março, ele era cotado para sair no segundo round, talvez lá por meio do mesmo. Mas ai veio a saga de QB recusando o Miami Dolphins e todos passaram a vê-lo como o fit perfeito pro time. Semana após semana reportagens eram feitas mostrando os seus pontos fortes e fracos. Logo se criaram duas vertentes: os que o queriam e os que não queriam.
O tempo passou e no começo de Abril estava mais do que claro que o Dolphins iria selecioná-lo no primeiro round. Especialistas de primeiro time cravavam ele como pick do Miami e mostravam que o seu maior defeito, estar cru demais, seria atenuada pelo fato de Sherman - responsável pelo seu crescimento no Aggies ser agora o Coodenador de Ataque. E não deu outra, ele agora é um QB do Dolphins.
Vai dar certo? Não existe escolha 100% certa, até mesmo Andrew Luck não é certo, imaginem Tannehill. O que pode ser dito, com certeza, é que as condições em Miami são as mais propícias para que ele possa se sentir em casa. Ele tem um dos itens mais desejados em um QB: os intangíveis, a capacidade de fazer o algo a mais, ir além do normal. Claro que sua precisão e sua afobação contam contra si, mas são defeitos que podem ser minimizados com um playbook eficiente e um jogo bem estabelecido. Além disso o fato de possuir mão pequenas e cometer fumbles, foi parcialmente resolvido com a escolha do OT de Stanford, Jonathan Martin para atuar no oposto a Jake Long. Bem protegido ele levará menos tackles e poderá manter a posse de bola.
Enfim, é de louvar que o Dolphins tenha tido a coragem de draftar um QB no primeiro round. Em nossos 46 anos de história, ele será apenas o 3° Quarterback escolhido por nós no começo do Draft. E como diz a expressão em latim: Alea Jacta Est ( a sorte está lançada ).
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