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Em qual patamar estamos depois do Draft?

 

Não tem jeito, todo mundo quer conquistar o Lombardy Trophy. São 32 times com o mesmo e único objetivo. Mesmo que não seja nesta, mas todos os times buscam pavimentar o caminho que leve a Glória. Curiosamente, existe uma quantidade razoável de times que ainda não conquistaram o Super Bowl e dentre as 8 Divisões da Liga, apenas a NFC Leste tem todos os seus times na lista dos que já conquistaram.

Mas e os Dolphins? Como estamos nesta corrida após o Draft: mais perto ou na mesma. Responder isso depende do quão otimista o amigo leitor é. Este Blog tem seguido uma linha: ser pragmático. Para alguns isso é ser pessimista, para mim não é. Melhor mirar pequeno e conquistar grande do que prever grandes sucessos e se decepcionar com os seguidos e quase infindáveis fracassos.

Voltando ao ponto, o Draft trouxe-nos peças interessantes. Temos interessantes armas novas para colocar em campo dos dois lados das linhas. Temos que analisar tudo de forma mais ampla. Listarei por posição o que acredito que temos:
  • Quarterbacks - Tua Tagovailoa é o titular e virá para uma segunda temporada com cara de primeira, devido a contusão que quase o fez encerrar a carreira. Com pré-season, treinos completos e um melhor entrosamento ele crescerá. E se ele por algum motivo se machucar ou for mal, temos um bom Backup: Jacob Brissett. Estamos bem servidos aqui;
  • Runningbacks - Flores é Coach da árvore de Bill Bellichick, cujo time não usa RBs como em outras equipes. Usa o chamado Comitê de RBs, o que parece ser o caso de Miami. Por isso o reforço do setor parece insatisfatório, mas existe um plano. Em tese Miles Gaskin será o Starter, com Malcolm Brown, Savon Ahmed, Patrick Laird e Gerrid Doacks formando o rodízio. Quem fica e quem saí é cedo, mas será isso que teremos.
  • Recebedores - O grupo era ruim para este blogueiro, mas agora recebeu boas adições. Will Fuller e Jaylen Waddle realmente melhoram qualquer grupo e até mesmo Hunter Long traz qualidade ao setor. Com DeVante Parker e Preston Williams, nosso QB terá armas infinitamente melhores do que teve em 2020. E ainda temos Robert Foster e Lynn Bowden. E o resto é o resto e é, a tempos, cortável;
  • Linha ofensiva - Aqui era um dos calos do elenco. E não foi, para muitos, adequadamente reforçada. Liam Eichenberg traz uma esperança de um RT eficaz, mas no Draft foi só. Matt Skura como Center causa calafrios em muitos. A saída de Flowers, numa trade, pode ser um reforço, mas no geral dependeremos agora de evolução de Austin Jackson e Solomon Kindley. Pode ser pouco, mas somente saberemos na Temporada Regular;
  • Front Seven - O maior reforço aqui é Jaelan Phillips, EDGE de La U. Mas tivemos outros movimentos, trades e cortes que moldaram o setor que teremos em campo. São bons jogadores e operários padrão que fazem o que Flores mandar. Eu teria pego um LB, mas não é algo que fosse mudar o preço do dólar. Falta pressão pelo interior da DL, mas de um modo geral, é um grupo coeso e capaz de rodar bastante;
  • Secundária - Quem tem Xavien Howard e Byron Jones não tem com o que se preocupar, mas eles são CBs. Foi nos Safeties que tivemos a, para mim, melhor escolha do Draft: Javon Holland. Ele chega para complementar o setor, que já dispõe de ótimos valores. A qualidade na secundária, que já era boa, agora está bem melhor. E ainda existe esperança de que Noah Igbinogene enfim produza algo em nível como escolha de primeira rodada.
Tudo isto posto, viramos Contender? Se a perguntar apontar para o Super Bowl acho que não, mas é prudente não duvidar, pois se o time der liga... acho mais plausível irmos com alguma tranquilidade para a post-season e dar rodagem aos diversos jovens jogadores de como é jogar em Janeiro. Lembrando que esta temporada teremos 17 jogos ao invés dos 16 que eram tradicionais desde o fim dos anos 70.

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