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Findo o draft, qual é o Saldo da Classe?


Quem acompanhou as postagens aqui do Blog a cada pick, percebeu que fiquei um pouco decepcionado com as escolhas, sobretudo as de primeira rodada. Não pelos atletas em si, que são bons e chegam para serem Titulares. Acontece que no caso de Waddle deixamos passar um talento - para mim - superior - e no de Phillips a questão das concussões não pode ser ignorada. Depois no recuperamos no segundo round com Holland e Eichenberg, para derrapar com Long, um TE que com certeza não precisávamos. E faz tempos que não critico e nem me impressiono com jogadores de sétima rodada. É injusto com eles.

Comecemos pelo o que não foi melhorado: Backfield e Linebackers. O primeiro setor segue faltando um playmaker nato e não será outro RB de sétimo round ( Doaks agora e Gaskin que já está no elenco ) que me farão achar o setor melhorado. Claro que existe a ideia de um Comitê de RBs, mas eu preferiria uma RB melhor. Os Linebackers não são ruins, mas um reforço seria bom, de certeza. E eu acredito que os defensores estão em melhor situação que os de ataque.

Outra necessidade não coberta foi o pass-rush pelo meio da DL. Alguns dirão que já temos 5 jogadores na posição, mas nenhum deles gera pressão pelo meio. Mas não é algo que mude o preço do dólar.  Alguns dirão que mais um Edge seria melhor do que um TE, e eu concordo. Aliás, quase todas as posições, fora QB e CB seriam melhores ali. Mas isso não nos levará a lugar algum e o time fez o que fez pensando em algo.

Agora, olhemos o que cada um dos escolhidos nas 5 primeiras escolhas nos oferecem:



Waddle é bom. Ele pode ser muito bom. Nada pesa contra o jogador e seu nato talento. Mas porque então alguns, como eu, não gostaram da escolha? Porque estes queriam Penei Sewell no lugar dele ou, não é o meu caso, queriam o DeVonta Smith no lugar dele. Ao analisar o jogador vemos que ele será grande na NFL. Será Starter, dividindo as catches com Parker e Fuller. Os 3 formam um dos melhores grupos da NFL, sem me importar com a posição. Adicionalmente, ele se re-encontra com o amigo Tua Tagovailoa e tendem a formar uma dupla que tem tudo para ficar juntos por várias temporadas. 


Assim como Wadde, existe quem não tenha adorado a escolha ( eu incluso ), mas os motivos são bem diferentes: envolvem as concussões, sofridas por ele quando era atletaem UCLA. Ele mudou para La U e não teve problemas com isso e explodiu ainda mais como jogador pressionando os QBs adversários. Ele é um Edge nato e tendo uma carreira na NFL ele nos dará muitas alegrias. O time resolveu bancar o risco e isso claro pode cobrar um peso imenso, mas dando certo o retorno também será espetacular. A diferença é o quanto você acredita nisso. Mas é inegável que ele tenha potencial imenso. E que igualmente é inegável que ele pode não tenha como demonstrar isso.


Pode um Safety escolhido na posição 36 ser a melhor pick do Draft? Neste ano, sim. Os Dophins fizeram um primeiro round sólido, mas o segundo round melhor. Jevon Holland é uma escolha muito boa. Ele chega para ocupar um posto na secundária, que já era ótima o melhor setor do time. Ele traz uma dimensão que todos avaliam como muito boa, que é bom em diversas funções e ao ver os Tapes dele fica-se cada vez mais encantado com o jogador. Nossos Safeties eram o ponto o menos forte da secundária, mas agora não mais. Com a evolução de Brandon Jones e a chegada de Holland, os QBs adversários tem o que temer. E isso é crucial na NFL.


Uma questão pertinente: a diferença Técnica de Sewell para Eichenberg é maior do que a de Waddle para um WR escolhido nesta posição? Possivelmente sim e Eichenber tem condições de ser o cara em Miami. Ele não tem o Teto de Sewell, mas pode crescer bastante. Na teoria. ele ficaria como RT para termos Robert Hunt de RG e assim resolvermos o lado direito, uma vez que como Tua é canhoto, o lado cedo dele é o direito. Ele tem como chegar e jogar. Existem problemas a serem resolvidos? Claro que sim, mas o bom é que a maioria depende de Coaching, ou seja, é contornável.


Olhando melhor, com uma dose alta de parcimônia, a escolha de um TE não é um desastre completo. É apenas um desastre. Por mais que eu me esforce. não consigo animar-me com a escolha. Existem pontos positivos? Sim, claro. Ele é bom, sabendo bloquear e receber passes de forma admirável? Sim, é evidente que sim. Mas o time tinha necessidades maiores. Mas eu já falei delas. O que sabemos é que George Goodsey adora usar 2 TEs. E de fato, neste pensamento ele é uma arma que combina bem. Ficamos assim: ele não precisavamos dele, mas bom ele é. Resta ver como ele irá em campo.


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